A ambição de criar uma academia vem de longa data no FC Porto e Nuno Lobo, um empreendedor e professor, também acalenta essa ideia. Num diálogo com a Lusa, Lobo avançou que essa possibilidade está prevista, mas condicionada pela situação financeira do clube. Goal.com cita o empresário: “Preciso de conhecer os recursos e capacidades que tenho para avançar com tal investimento. Temos algumas localizações em vista mas, no momento, ainda não é oportuno divulgar mais informações a respeito.”
Com esta declaração, Nuno Lobo alinha-se com o plano de Pinto da Costa, actual presidente dos azuis e brancos que se prepara para o 16.º mandato consecutivo. O seu projecto é semelhante ao que o mestre de futebol André Villas-Boas defende – a criação de um centro de alto rendimento compatível com o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, em Olival.
Lobo esclareceu que o seu projecto para uma academia independente de Olival, que se concentrará na formação de novos talentos, tem o objectivo de ser um viveiro de jogadores habilidosos a valorizar pela equipa principal: “O FC Porto tem de atacar o mercado de forma criteriosa e bem planeada, atraindo jogadores de alto nível mas economicamente viáveis, valorizando-os para futuras transferências. Tem de haver um equilíbrio entre esta dinâmica e o sucesso desportivo continuado do clube. Actualmente vejo que o nosso ‘scouting’ está a ser negligenciado, o que é preocupante.”
O candidato de 54 anos tem em vista, para o cargo de liderança do futebol, um presidente que possa delegar competências e pondera também introduzir um director desportivo na estrutura. Defensor acérrimo de Sérgio Conceição, não pensa em substituí-lo na liderança da equipa. Reconhece assim o mérito do técnico, que se tornou recordista tanto em número de jogos, vitórias e troféus conquistados pelo clube, em quase sete temporadas de atuação.
O candidato da lista “Sim, somos Porto – projetar o futuro respeitando o passado” aprecia a entrega de Conceição ao clube e espera que este continue a erguer a bandeira da equipa e a combater o “centralismo exacerbado de Lisboa”.