Candidato foi questionado sobre revelação de Pinto da Costa relativa a atraso nos pagamentos aos dois agentes
Esta semana, em Rio Tinto, Pinto da Costa assumiu que a SAD tem dívidas para com alguns empresários e salientou a ajuda que tem recebido de Jorge Mendes e Giuliano Bertolucci, agentes que alargam prazos dos pagamentos que têm a receber.
Ora, essa revelação do presidente originou uma questão a André Villas-Boas, este sábado, em Arouca, feita por um adepto. E o candidato deixou logo o aviso: “Esperemos que, quando esta direção tomar posse, que determinado grupo e núcleo de senhores deste universo muito próximo do presidente não nos venham cobrar execuções fiscais à pressa, porque a direção mudou.”
E Villas-Boas prosseguiu: “Isto tem tudo a ver com capacidades ou incapacidades de tesouraria para cumprir com as obrigações do clube. Infelizmente, agora, numa situação como esta, já estamos perante esses cenários. Isso é uma questão que me preocupa. Esta candidatura, do ponto de vista do futuro, defende que o FC Porto tem que trabalhar com todos os agentes. Esperemos que, quando esta direção tomar posse, esses senhores, deixados para trás, mas em privilégio e em preferência, não venham a executar-nos fiscalmente, agora com uma nova pressa e uma nova aceleração, porque agora estão aqui outros e as coisas já são diferentes.”
Villas-Boas, de resto, sublinhou que “o FC Porto não está a cumprir com as suas obrigações. E isso foi explicado de forma clara pelo seu presidente. Portanto, onde antes éramos pujantes, afinal já não somos tão pujantes que estamos a dever dinheiro a todo o mundo. O que é facilmente claro pelo relatório e contas, através desses 500 milhões de passivos, dos quais a clientes, agentes, fornecedores, etc.”
De qualquer forma, prossegue: “Nós temos a obrigação e o sentido de cumprir com essas obrigações que devemos. Daí que é muito importante, quando a gente entre, repensar na reestruturação da dívida de futuro, a ter fluxos de caixa, criar valor, criar receitas. Agora, claro está que temos que nos sentar, provavelmente com um universo de gente, para lhes explicar que já estamos em atraso, neste prazo não vai dar, mas o prazo é este, é este, este, este, este, porque esta é a nossa previsão de orçamento e aqui já poderemos cumprir com as nossas responsabilidades. Portanto, isso é uma coisa que nós teremos que ter em conta, para que termos alguma margem de operação, alguma margem de tesouraria, para poder cumprir com as nossas responsabilidades.”