Luís Freitas Lobo aborda a O JOGO o estilo de Imbula, jogador do Marselha que é dado como certo no FC Porto.
Muito forte, Imbula tem no jogo um estilo que, salvo as devidas proporções, faz lembrar Patrick Vieira ou Matuidi, mas, claro, ainda longe desse patamar. Não o vejo, em termos posicionais, como um pivô clássico para jogar sozinho a n.º 6, mas mais como uma espécie de n.º 8 de contenção.
No Marselha, sofria sobretudo porque Bielsa lhe pedia demais na saída de bola. Tal tornava mais evidente a sua carência a nível de tomar as melhores opções nesse momento, pois inseria-se num exigente sistema de 3x3x3x1 que, para funcionar, tinha de ter grande percentagem de posse de bola. Imbula não é muito um jogador de apoios; é mais um box-to-box de condução do que de passe.
Para se firmar a n.º 6, tem de aprender muito dos fundamentos tático-técnicos dessa posição.
Tem técnica de condução de bola, passada larga, força atlética em aceleração, visão de jogo, técnica e remate. Tudo isto num jogo de transições em que, nos “timings” certos, tanto ajuda a defender como surge a desequilibrar pelo centro a atacar, tentando também o remate. Um jogador para ser trabalhado, mas que joga muito e enche o campo.