“O FC Porto fez-me mudar de atitude e mentalidade”
A revista “BOCAS”, da Colômbia, esteve em Portugal para conversar com Quintero antes de terminar o campeonato e o resultado da entrevista foi uma viagem no tempo com várias paragens. Juanfer conta como conseguiu escapar a uma vida de delinquente nascendo num bairro onde é muito fácil seguir por essa via, do que aprendeu na escola de futebol do tio Fred, das lesões graves sofridas na carreira ou das tardes passadas na casa de James a jogar Playstation. Para o fim da conversa, a chegada ao FC Porto começa a ser o tema dominante, com o médio a explicar a importância que Jackson Martínez teve na adaptação à Invicta. “[Jackson] É uma boa pessoa, um grande conselheiro. Fala-te com sinceridade e franqueza, algo que tens de valorizar”, destacou, consciente da grandeza dos dragões. “O FC Porto representa muito para o país, é um clube que luta por títulos, pelo que a exigência é grande. Isso fez-me mudar a atitude e a mentalidade, levando-me a crescer como jogador”, explicou. Apesar de tudo, a regularidade com que foi utilizado nos azuis e brancos esteve longe de ser a que os colombianos esperavam. Por isso, os entrevistadores quiseram saber por que razão um jogador tão talentoso como Quintero não era mais vezes titular. O médio salientou que depende sempre “do gosto dos treinadores”, mas também admitiu que ainda há aspetos em que jogadores talentosos como ele podem melhorar. “Não somos perfeitos e também nos faltam coisas”, sustentou, lembrando que num plantel há “quem faça fintas e quem corra”. “No meu caso trabalho para um dia poder ser titular”, indica o internacional cafetero, que não se deixou levar pelos sonhos quando lhe pediram que revelasse o que ambiciona para o futuro. “Tenho muitos objetivos, mas também vivo o dia a dia. A realidade. Estou muito contente aqui e enche-me de orgulho representar este clube”, afiançou. De resto, Juanfer lembrou que o FC Porto sempre gostou de “comprar talentos” e que a ligação à Colômbia tem sido profunda. “Falcao, Guarín e James deixaram um enorme legado numa Liga vistosa, que já exportou grandes jogadores. Esperamos [Quintero e Jackson] dar uma resposta à altura da confiança que depositaram em nós”, afirmou o jovem esquerdino, que viu uma lesão roubar-lhe a hipótese de disputar a Copa América.
Fonte O Jogo