Na linha das mensais peças expostas no átrio da entrada para
a loja e para o Museu do Dragão, na área de passagem e circulação livre, está nesta
quadra natalícia no expositor do chamado “objeto do mês” um galhardete de um
jogo disputado no Porto com uma equipa húngara nas vésperas do Natal de 1934, junto
com uma placa dum outro jogo realizado pela passagem de ano seguinte. Estando
então ali, no “Hall do Museu” duas peças de coleção repescadas nas Reservas do
Museu, a mostrar algo de antanho, daquele tempo dos anos trinta, do século XX,
em que o futebol também era motivo especial da animação de Natal e Ano Novo na
cidade do Porto. Sendo que então esse tempo natalício tinha espetáculos de
futebol com equipas de nomeada, como no caso dessas duas equipas, ambas
representantes húngaras, duma escola de futebol que à época influenciava de
forma decisiva a evolução do jogo na Europa e no Mundo.
Foi assim que se passou, no caso do festival natalício de
1934, através de jogo disputado no Estádio do Lima, do qual ficou a testemunhar
o galhardete na ocasião oferecido ao FC Porto pelo Újpest FC – foco do tema
desta vez a evocar documentalmente. Desse Porto, 2- Ujpest,1.
Era então centro de cartaz esse evento de «football internacional»
no Estádio do Lima, a 23 de Dezembro de 1934, em encontro que opôs ao FC Porto
a equipa húngara do “Ujpest”, in illo tempore um nome grande do futebol do seu país. Ressaltando
das crónicas que o FC Porto jogou de modo brilhante para bater o forte
agrupamento magiar por 2-1. Conforme numa página da revista “Stadium” de 26 de
Dezembro de 1934 ficou registado, por
crónica elaborada em teor próprio da época, também.
Junto com essa curiosa crónica da revista lisboeta “Stadium”,
ilustra-se ainda mais o facto por meio de outra crónica, esta do jornal “O Comércio
do Porto”.
Desse tempo do grande guarda-redes Soares dos Reis e seus
colegas Pinga, Valdemar Mota, Avelino Martins, Jerónimo, Nova, Álvaro Pereira,
Carlos Pereira, Alves, Acácio Mesquita, Nunes, Carlos Mesquita e Lopes Carneiro,
os que jogaram dessa vez, no ambiente natalício desse tempo, fica assim aqui em
memória narrativa uma lembrança que calha a propósito.
Armando Pinto
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