Falecido a 15 de abril de 1990, o antigo guarda-redes
portista Soares dos Reis e mais tarde diretor em diversas áreas da Direção, Manuel
Soares dos Reis, ficou desde então sepultado no Mausoléu do FC Porto, no portuense
cemitério de Agramonte, onde «repousam Glórias do Futebol Clube do Porto».
Sendo a efeméride de seu falecimento mais uma ocasião de o
evocar, lembra-se desta vez sua figura mais ampla no mundo portista, acrescentando
à sua feição de futebolista, também, a função de dirigente e até de cronista.
Entre a carreira desportiva como jogador e antes de ter
passado a cargos de dirigente, Soares dos Reis foi também cronista desportivo. Como
foi do jornal O Norte Desportivo, conforme comprova o seu cartão com a assinatura do
diretor Joaquim Alves Teixeira (jornalista e diretor do Vasco da Gama, clube então
rival do FC Porto no basquetebol).
Após ter acabado a carreira, tendo jogado pelo FC Porto como
guarda-redes titular até ao campeonato de 1939/40 e sido ainda um dos campeões nacionais
em 1940, bem como depois de também ter jogado andebol noutras equipas, e até ainda
árbitro de andebol, por fim Soares dos Reis dedicou-se mais ao dirigismo
desportivo-portista, desde finais dos anos 40, a partir da direção de Júlio Ribeiro Campos, e até grande parte da década de
cinquenta. Passando pelo ciclismo, inclusive como diretor responsável da equipa
azul e branca em diversas Voltas a Portugal, chegando mesmo a ter passado pelo
futebol. Tendo como representante do futebol sido o interlocutor que trouxe
para o FC Porto, entre outros, Virgílio Mendes, Hernâni e Américo, por exemplo.
Dessa atividade ilustra-se tal fase com uma sequência de
imagens, algumas com legendas anotadas pelo próprio, e outras em que se nota ele ter estado como representante do FC
Porto.
= Em agosto de 1956, durante o defeso do futebol, um aspeto
de um convívio da Direção do FC Porto com associados, reunindo uma concentração
de mais de uma centena de sócios. Na mesa diretiva vêm-se de frente e a partir da direita para a esquerda, da foto: Gualter Rodrigues, Abel Portal, Urgel Horta, António Cruz, Ramos de
Almeida, Moreira de Sousa, Sebastião Ferreira Mendes e Bento de Amorim (dos que
se distinguem melhor); de costa e a olhar para o fotógrafo, ao centro, vê-se Soares
dos Reis sorridente.
Nota: Para rever a respetiva carreira desportiva, pode recordar-se um dos anteriores artigos dedicados a Soares dos Reis, neste caso sobre a dinastia familiar e logo de início explanando a carreira do 1.º da respetiva linhagem: Clicar em
https://memoriaporto.blogspot.com/2018/08/soares-dos-reis-uma-dinastia-real-de_16.html
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))
Este artigo foi originalmente publicado neste site