Março foi mês de decisão final do Campeonato Nacional de
futebol em 1959. Quando nesse tempo ainda o Campeonato da 1.ª Divisão Nacional
acabava ao início da Primavera, sendo que depois se passavam a desenrolar as
eliminatórias da Taça de Portugal, então ainda assim e todas a duas mãos de
seguida até à final, com a chamada festa já no verão (enquanto só à chegada dos
anos 1960 passaram os jogos das eliminatórias da Taça a ser intercalados com os
do Campeonato). Acontecendo então em Março do último ano dos anos 50 a decisão
da prova mais importante do futebol português.
= António Teixeira em cromos – originais de coleção do autor destas lembranças…
Março marçagão, com manhãs de inverno e tardes de verão… e,
tal como a figuração desse velho ditado, numa característica desta época do
ano, também é assim na visão histórica perante certas ocorrências. Transpondo
ao horizonte panorâmico da história do desporto português e do futebol em
particular, como desporto-rei.
ido empatar a casa do Benfica, onde até chegou a estar em vantagem com 1 golo
de Teixeira, mas acabando por ficar 1-1, na Luz) o mês de Março começou logo,
já na reta final das jornadas do campeonato, com o FC Porto no dia 1 a golear o
Belenenses, nas Antas, por 7-0. Assistia-se então ao primeiro ‘hat-trick’ de
Noé (a juntar aos 2 golos de Hernâni e 1 de Teixeira e Carlos Duarte) mais a uma aproximação ao então líder do Campeonato Nacional, o Benfica, que
empatava em Setúbal (2-2) e ficava com apenas dois pontos de vantagem (sendo que as vitórias correspondiam nesse tempo a 2 pontos e os empates a 1). Duas
rondas depois, a vitória do Sporting (2-1) sobre o Benfica deixava os Dragões
no primeiro lugar, devido ao melhor saldo entre golos marcados e sofridos. Após
vitórias do FC Porto, primeiro em casa do Barreirense por 1-2 (com 2 golos de Teixeira) e depois nas Antas diante do Braga por 3-2 (com golos de
Carlos Duarte, Hernâni e Virgílio). A decisão do título ficou então reservada para a última jornada, já mais para o fim do mesmo mês, no dia 22, numa épica
jornada final que faz parte da história: no dia em que o árbitro Calabote foi empurrando os
lisboetas para a goleada (7-1), mas o 3-0 dos portistas em Torres Vedras
permitiu-lhes festejar uma conquista tão sofrida quanto justíssima. Acontecendo
isso assim porque o último golo do FC Porto diante do Torreense aconteceu mesmo ao minuto 90 e lá
em Lisboa, no estádio da Luz, apesar do árbitro, além de só lhe ter faltado marcar ele os golos, ter prolongado o jogo por
muitos minutos, fazendo com que o resto do país ficasse à espera, o certo é
que, pensando que o FC Porto apenas tinha feito dois golos…
Calabote acabou por fim o jogo Benfica-Cuf com o resultado em 7-1, ficando o
Benfica assim ironicamente a um golo de diferença abaixo do FC Porto, que fez toda a
diferença… por esse mesmo último golo portista ter sido assim tardio, em
tempo que as notícias chegavam mais pelos relatos radiofónicos. Tendo esse golo
sido apontado pelo avançado do FC Porto António Teixeira, mesmo sobre a hora
final.
O tema, do célebre “caso Calabote” (que é paradigma das
manobras de bastidores que estão nos anais perpetrados pelos árbitros do
sistema futebolístico luso), dá para evocar esse Título Nacional que ficará
inesquecivelmente associado extensivamente a alguns acontecimentos
relacionados. Como o facto de Teixeira ter marcado esse decisivo golo, a juntar
aos anteriores dois, de Perdigão e Noé, obtidos em autêntica luta contra o
ferrolho do adversário, que estava a ser treinado nesse jogo pelo
treinador-adjunto do Benfica. Coisas do diabo… em Portugal, no Portugal centralista e centralissimamente diabólico!
Assim sendo, merece pois justo preito esse António Teixeira
autor do 3º golo: António Dias Teixeira de seu nome completo, nascido em Lisboa
a 16 de Setembro de 1930, depois residente na Maia, arredores da cidade do
Porto, e por fim falecido no Porto a 17 de outubro de 2003. Teixeira que havia conquistado
o seu primeiro Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1949/50 ao serviço
do SL Benfica, onde estava mais como reservista, pois não passava ali de um
mero suplente que apenas alinhou pela equipa principal em 3 partidas nessa
temporada. Tendo depois rumado a Guimarães, onde alinhou uma época, seguindo-se
as mais importantes conquistas já no FC Porto, onde conquistou dois títulos de Campeão
Nacional: o primeiro na época de 1955/56 sob a batuta do técnico brasileiro
Dorival Yustrich (tendo António Teixeira alinhado em 22 partidas e apontado 13
golos, consagrando-se como o segundo melhor marcador da formação azul e branca)…
… e o segundo conquistado com a camisola do FC Porto na longínqua época de
1958/59 sob o comando do treinador Bela Guttman, que substituiu a meio da
temporada Otto Bumbel.
Aí António Teixeira foi decisivo para a conquista deste
título com os seus 25 golos apontados ao longo da prova, sagrando-se o melhor
marcador do FC Porto e o segundo nas contas oficiais a nível nacional – apenas
não declarado oficialmente o melhor do Campeonato por habilidade desonesta dos
jornalistas responsáveis do jornal A Bola, porque como entidade gestora do
troféu respetivo (Bola de Prata) os responsáveis desse jornal, conhecido por ser conotado com o
Benfica, fizeram com que ficasse com maior número de golos o benfiquista José
Aguas.
Ora, dentro deste ambiente, na oportunidade do
mês da famosa ocorrência dos 3-0 conseguidos pelo FC Porto em Torres Vedras, autenticamente
contra o sistema do desporto português, ou seja contra tudo e todos os que são
contra-o-Porto e a favor dos clubes de Lisboa, é pois uma boa oportunidade de
evocar António Teixeira, o autor do 3º golo desse jogo épico, que foi uma
epopeia dramática e por fim efusiva, no resultado do bem ter conseguido vencer
o mal.
Como tal, foi realizada e está patente durante o mês de
março, até princípios de abril, neste ano de 2023, uma exposição dedicada a
António Teixeira, na terra que o acolheu e a que ele se afeiçoou, onde ficou a
residir e vive sua família. Facto concretizado através duma exposição na Maia –
com lugar na Galeria Comercial do Maia Jardim, a Exposição intitulada “António
Teixeira – Futebol, Golos e a Maia”.
Em ideia que é explicada nas publicações
oficiais do Município da Maia, assim justificadamente:
«No seguimento da divulgação de personalidades e factos da
história maiata pelo Gabinete de História da Câmara Municipal da Maia, vamos
conhecer António Dias Teixeira, através de uma exposição patente entre 6 de
março e 2 de abril na Galeria Comercial do Maia Jardim.
António Teixeira foi um jogador de futebol que se destacou
com as cores do Futebol Clube do Porto. Foi o autor do golo em Torres Vedras
que tornou os azuis e brancos campeões no último minuto, no célebre campeonato
do caso Calabote.
Em meados dos anos 50 passou a residir na Maia com a família
e aí ganhou um gosto especial por esta terra.»
Nessa mesma exposição, como ilustração, estão expostos
diversos troféus recebidos pelo homenageado futebolista, nomeadamente os que lhe
foram outorgados aquando da entrega das faixas de Campeões em 1959, mais outros
galardões e fotografias.
Bem, como, além da parte visual, consta na mesma colocação também alguma informação, em jeito de reforço, com dados curriculares e frases explicativas de pormenores da sua
carreira.
= Foto de António Teixeira a presenciar jogada e remate do colega de equipa Jaburu – conforme descreve a legenda escrita por trás da foto original. Vendo-se o goleador brasileiro a marcar o 2.º golo portista no FC Porto, 3 – CUF, 1, nas Antas, em Janeiro de 1956.
Dessa mesma exposição, juntam-se assim alguns informes, por
via de colaboração a este artigo prestada pelo amigo e historiador maiato Rui Teles de
Menezes, Técnico Superior do Gabinete de História, curador da mesma exposição e
que amavelmente facultou diverso material fotográfico, incluindo fotografias
que a filha do António Teixeira partilhou com ele, mais texto narrativo escrito
também pela filha de Teixeira, mais estatística completa dele, recolhida e corrigida
pelo mesmo Rui Teles de Menezes (atendendo a que a da FPF está incompleta) –
algo que se agradece e saúda, aqui.
= Revista/Livro de bolso da coleção “Ídolos do Desporto” dedicado em 1957 a Teixeira
~~~ ***** ~~~
Descrição biográfica de António Teixeira, escrita pela
filha:
« O Homem e a Terra
(António Teixeira e a Maia)
O homem António Dias Teixeira, reconhecido jogador e
treinador de futebol, nascido em Lisboa, no Bairro do Alto do Pina, em
16.09.1930.
A Terra a Maia, que adotou quando se transferiu para o
Futebol Clube do Porto.
O seu percurso futebolístico, enquanto jogador de futebol, é
bem conhecido por muitos. Iniciou-se no Benfica onde foi Campeão Nacional de
Juniores por duas vezes e Campeão de Seniores; veio para o Vitória de Guimarães
onde jogou um ano, tendo de seguida integrado a equipa do F.C. Porto durante 10
anos.
Foi internacional, jogando pelas Seleções Nacionais A e B.
Ainda quando jogador do F.C. Porto, colaborou na preparação
da equipa de juniores do F.C. da Maia no ano de 1957, disputando a final do
campeonato regional com o Leça F.C., empatando no primeiro jogo 2-2 e no jogo
de desempate perdeu 6-1. Esta foi na realidade a sua primeira experiência como
treinador.
Para acompanhar os jogos, que se disputavam aos domingos de
manhã, e estando em estágio, pedia para sair para ir à missa.
A desilusão deste segundo jogo de desempate, contava ele,
que veio a perceber algum tempo mais tarde quando encontrou num estabelecimento
comercial na cidade do Porto, pertencente a Archer de Carvalho diretor do Leça
F.C., o árbitro do mesmo (Justino Pinto), tendo exclamado: “Ah! Agora já
percebo o que se passou naquele jogo”.
Face à sua excelente carreira como futebolista, enveredou
naturalmente, pela carreira de treinador de futebol tendo treinado equipas como
o Braga, o Beira-Mar, o Leixões (onde orientou os célebres bebés), o Tirsense,
o Varzim, o F.C. Porto, o Boavista, o Marítimo, entre outras e também o F. C.
da Maia na época de 1987.
Do seu espólio faz parte uma cigarreira em prata oferecida
por portistas de Águas Santas.
A cidade da Maia foi, aliás, o seu local de eleição para
viver a maior parte da sua vida.
A primeira habitação foi na Rua de S. Romão. No entanto, a
residência à qual corresponde a maior parte do tempo vivido na cidade maiata
era na Rua da Estação, 172. Casa construída de raiz por Joaquim Vicente e
projetada por Santos Leite.
As minhas memórias passam mais pela lembrança de um pai. Um
pai preocupado, amigo, cuidadoso que nos trazia, a mim, às minhas três irmãs e
à minha mãe, lembranças bonitas dos países por onde o futebol o levava. Um
Homem com valores, com princípios, com ética e também exigente e com regras que
sempre nos ensinou.
A sua última morada é também na Maia onde repousa igualmente
com a esposa D. Olga Teixeira e uma das filhas mais novas, Rosa Maria
(conhecida por todos como Mimi).
São muitas as saudades pois em outubro próximo faz já 20
anos que partiu.
Como diz uma amiga minha escritora, “Só não tem saudades,
quem nunca foi feliz”. (Piedade, S.,(2021). Três mulheres no Beiral).
Manuela Teixeira
(Fev. 2023)»
= Foto de António Teixeira com a filha, em pose conjunta com o colega de equipa Jaburú, em Arouca – conforme reporta a legenda escrita por trás da foto original.
E ainda, como reforço suplementar, « vindo desse “insuspeito jornal A Bola”, a descrição
de dois episódios relacionados com o Teixeira e o Calabote…»
«Polémica no castigo de Inocêncio para o inocente Teixeira
No início do ano de 1958, António Teixeira viu-se envolvido
numa questão resolvida de forma, digamos peculiar, e também ela descrita no insuspeito jornal A Bola. Aqui ficam os relatos dos acontecimentos. Os leitores
que tirem as suas conclusões.
Foram de emoção os minutos que antecederam na Luz, o
Benfica – F.P. Porto. Mas (para variar…) Inocêncio Calabote pôs mascarra na
tarde, ao expulsar o portista António Teixeira, num lance que suscitou dúvidas,
muitas dúvidas.
Espantado, com as lágrimas bailando-lhe nos olhos, ciciou:
«Sinceramente, não sei porque fui expulso. A jogada foi viril, mas não bati em
ninguém. O Serra cuspiu-me na cara e eu, nesse instante, empurrei-o,
perguntando-lhe apenas se isso se fazia. Claro que fiquei indignado, mas não
bati em ninguém, nem sequer esbocei essa intenção.» Replicaria Calabote:
«Teixeira foi expulso porque bateu na cara do adversário.» Isso mesmo colocou
no seu relatório, mas como fora falta que ninguém entrevira no campo…
Se injusta fora a expulsão de Teixeira, muito mais foi o seu
castigo: três jogos de suspensão. Sentindo-se agravados, vítimas de uma
endrómina qualquer, os dirigentes do F.C. Porto solicitaram à FPF a relevação
da pena – ou, no mínimo, a sua suspensão até conclusão do inquérito. Debalde.
Que não, que Teixeira teria de cumprir os três jogos. Sem mais. A DGD disse o
mesmo. Demonstraram ambas, sem sequer cuidar de guardar as aparências, que
agiam com dois pesos e duas medidas, até porque antes vários clubes lograram
efeitos suspensivos em processos semelhantes de penalizações de atletas seus.
Em meados de março, com o Campeonato praticamente decidido,
a FPF lançou, enfim, comunicado a propósito do «caso» Teixeira. Em vez de
escalorar o pó da injustiça ou o lixo da artimanha, o documento fez pasmar
muita gente – uns de assombro, outros de incredulidade. Que sim, Teixeira fora
mesmo mal expulso durante o jogo com o Benfica, que, por isso, fora injusta e
ilegalmente obrigado a um castigo de que os dirigentes do F.C. Porto logo recorreram,
pedindo baldamente o efeito suspensivo que o regulamento da Federação
estabelece e que tem sido concedido a todos os outros que o invocam, mas
decidira passar uma esponja sobre tudo. Mais: ao fim de dois meses de
inquérito (dois meses!) confirmava-se o que milhares de espectadores do Estádio
da Luz já sabiam: que Teixeira nada fez que merecesse o castigo de expulsão –
mas que o F.C. Porto tomasse tudo à conta de lamentável incidente ou partida do
destino! «O F.C. Porto não ficará por aqui. Sente-se injustamente tratado e
prejudicado – e irá até onde possa encontrar aquilo que procurou, neste caso,
desde o início: justiça.» Isso se bradou através do jornal do clube, com o
Campeonato à beira do fim.
…Como era natural naquele tempo, a FPF fez tábua rasa do
requerimento do F.C. Porto e homologou o título ao Sporting*. Depois de ela
própria ter admitido que Teixeira fora injustamente castigado.
Continuava a viver-se, assim, no reino dos Calabotes…
* Sporting e F.C. Porto terminaram o Campeonato em igualdade
pontual com 43 pontos, sagrando-se campeã a equipa lisboeta.»
In Glória e Vida de três Gigantes, Texto de António Simões,
50 anos Jornal A Bola, 1995
«O mais dramático dos epílogos dos Campeonatos Nacionais
Foi um golo só e bastou para escrever o mais dramático dos
epílogos de Campeonatos Nacionais e Futebol, depois de 90 minutos terríveis,
sofridos a par, em Torres Vedras e na Luz, onde F.C. Porto e Benfica se mediam
indirectamente.
Precisavam os benfiquistas de marcar mais quatro golos que
os portistas marcassem se ambos vencessem os seus jogos perante a CUF e o
Torreense. Ao intervalo o F.C. Porto vencia por 1-0, ganhava o Benfica por 3-0.
A dois minutos do final do jogo no Campo das Covas fez o F.C. Porto o segundo
golo, para euforia dos adeptos, que já descriam porque no outro lado, vencia o
Benfica por 6-1. Marcaram os portistas e de rajada marcaram os benfiquistas:
7-1. E, a meio do minuto 90, Teixeira, com esse golo que haveria de ficar
histórico, colocou o F.C. Porto a vencer por 3-0 e de novo em vantagem.
Tremularam, de novo, bandeiras azuis e brancas nas Covas, na Luz pairou um
silêncio de dúvida e de desolação.
O jogo de Torres acabara… Houve invasão de campo, gente que
tentava abraçar os seus heróis, camisolas rasgadas na euforia e eles, os jogadores,
desesperadamente à espera de um sinal, com o sonho suspenso, fugindo,
suplicando que os deixassem ouvir o que se ia passando na Luz naqueles minutos
que se arrastavam e pareciam séculos. Nas bancadas, uma mole de gente
permanecia, quieta, de mãos enclavinhadas, olhos marejados de lágrimas,
respiração opressa – na tortura da dúvida…
Em Lisboa ainda havia luta e havia sonho, por o jogo ter
imoralmente começado oito minutos mais tarde que a hora prevista, com a
complacência de… Inocêncio Calabote – que, depois de já ter marcado três
penaltis a favor do Benfica, foi prolongando o tempo do jogo sem nada que o
justificasse…
…Estranhamente Calabote não marcou o quarto penalti…
Doze minutos tiveram de esperar os portistas pelo desfecho.
Os corações arfavam, as gotas de suor (ou de impaciência) perolavam pelos
rostos dos jogadores, que se sentavam no chão nunca mais entreviam o tal sinal,
as bandeiras esvoaçando ao vento, os gritos Porto! Porto! Porto! Ressoavam como
tambores de vitória ainda por anunciar…
Enfim, a explosão de alegria, Teixeira, que marcara o golo
que valeria o título, levantou-se e, como uma sombra densa que se empasta, como
uma estátua de um herói acabado de sê-lo, ergueu os olhos para o céu e
murmurou: «Deus encarregou-me da dar o Campeonato à melhor equipa.»
…Na Luz, um rodopio no posto médico! Com dois casos graves:
o de uma senhora que sofreu congestão cerebral e o de um rapazito de 13 anos
que desfaleceu, acusando sintomas de meningite, quando soube que o campeão fora
o F.C. Porto. E revolta na cabine da CUF – Cândido Tavares, o seu treinador,
que pelo Benfica até já fora campeão não se conformava: «Só estranhei que
Inocêncio Calabote não tivesse arranjado uma quarta grande penalidade nos
últimos minutos. Não foi árbitro, não foi nada…»
Em outubro, sem grandes explicações, a FPF decidiu irradiar
Inocêncio Calabote.
= In “Glória e Vida de três Gigantes”, Texto de António Simões,
50 anos Jornal A Bola, 1995
~~~ ***** ~~~
António Teixeira, depois de terminada a sua carreira de futebolista, enveredou pela carreira de treinador de futebol, também. Tendo inclusive chegado a estar à frente da equipa principal do FC Porto.
= Plantel do FC Porto, com António Teixeira como treinador-adjunto, em 1970/1971.
– Então como treinador adjunto, de Tommy Doc…
De todo esse percurso, como jogador e treinador, dão conta os números e dados de seu Curriculum Vitae:
Registos do Currículo Desportivo de António Teixeira
Como jogador das Seleções Nacionais
Internacionalizações |
Jogos |
Minutos Jogados |
Golos Marcados |
Futebol Masc. Seleção A |
7 |
498 |
1 |
Futebol Masc. Seleção B |
2 |
180 |
1 |
Jogos:
Data |
Local |
Jogo |
Resultado |
Golo |
28 JUN 1959 |
Porto, Antas |
Portugal-DDR |
3-2 |
|
21 JUN 1959 |
Berlin, Ulbricht Stadion |
DDR- Portugal |
0-2 |
|
16 MAI 1959 |
Geneve, Les Charmilles |
Suíça-Portugal |
4-3 |
|
13 ABR 1958 |
Lisboa, Estádio Nacional |
Portugal B-Espanha |
0-0 |
|
22 DEZ 1957 |
Milão, Giuseppe Meazza |
Itália-Portugal |
0-3 |
|
16 JUN 1957 |
Pacaembu, S. Paulo |
Brasil – Portugal |
3-0 |
|
11 JUN 1957 |
Rio de Janeiro, Maracanã |
Brasil-Portugal |
2-1 |
|
26 MAI 1957 |
Lisboa, Estádio Nacional |
Portugal-Itália |
3-0 |
1 |
24 MAR 1957 |
Lisboa, Estádio Nacional |
França-Portugal B |
1-1 |
1 |
Como Jogador de clubes:
Época Clube Jogos Golos marcados
1964/65 SC
Braga 19 10
1963/64 SC
Braga 15 24
1961/62 FC
Porto 2 0
1960/61 FC
Porto 26 14
1959/60 FC
Porto 28 10
1958/59 FC
Porto 32 33
1957/58 FC
Porto 22 15
1956/57 FC
Porto 15 16
1955/56 FC
Porto 27 22
1954/55 FC
Porto 20 12
1953/54 FC
Porto 20 27
1952/53 FC
Porto 28 15
1951/52 Vitória
SC 25 17
1950/51 Benfica 4 2
1949/50 Benfica 3 3
1948/49 Benfica [Jun.A / Sub 19]
Palmarés: Campeão Nacional 1949/50 (pelo SL Benfica); 1955/56 e 1958/59; Taça de
Portugal 1955/56 e 1957/58 (pelo FC Porto)
Como Treinador:
Época – Clube –
Jogos / Vitórias
1985/86 – Leixões – 2 /
0
1982/83 – Marítimo – 14 /
3
1981/82 – Varzim – 35
/ 20
1980/81 – Académico de
Viseu – – / –
– Boavista
– 19 / 6
1979/80 – Varzim – 39 / 13
1978/79 – Varzim – 31 / 11
1977/78 – Varzim – 36 / 14
1976/77 – Varzim – 32
/ 11
1975/76 – Varzim – 1 / 1
1973/74 – Braga – 10 / 4
– Leixões – 26 / 7
1972/73 – Leixões – 34 /13
1971/72 – Boavista –7
/ 1
– FC Porto – 9 /3
1970/71 – FC Porto – 29 /18
1969/70 – FC Porto – – / –
– Leixões – 26 /7
1967/68 – Leixões – 28 / 11
1966/67 – Tirsense – – / –
1964/65 – SC Braga – 36 /14
1963/64 – SC Braga – 12 /10
Conquistas: Campeão Nacional 2ª Divisão 1963-64 (com o Sp. Braga);
Campeão da Zona Norte, 2ª Divisão 1966-67 (com o Tirsense)
APÊNDICES
Publicações históricas sobre António Teixeira, de quando chegou
ao FC Poto e depois quando era já era consagrado Campeão Nacional.
– Do livro “Colecção FIGURAS DO FUTEBOL NACIONAL”, referente
à época de 1952/53 e publicado em 1953:
– E da revista “Cavaleiro Andante”, Suplemento – DESPORTOS, de
1959:
Armando Pinto
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