Como enquadramento, para situar no tempo e espaço de
memória, recorda-se que Américo, depois de ter estado durante anos como
suplente (primeiro de Barrigana, depois de Pinho e por fim de Acúrcio), havendo
chegado ao plantel sénior do FC Porto em 1952 e se estreado na baliza da equipa
principal em 1953, além de também ter sido Campeão Nacional em 1958/59, como
utilizado que foi no campeonato dessa época, só em 1961/1962 conseguiu passar a
guarda-redes principal portista. Mas logo que ficou a ser dono da camisola n.º
1 do FC Porto mostrou o que era e como era, sendo mesmo o guardião salvador da
honra defensiva azul e branca. Como, por exemplo, demonstraram suas exibições
em célebres vitórias, quão foram as alcançadas em casa do Benfica e do Sporting,
com portentosas defesas que fizeram o mundo da bola ficar com o nome de Américo
nos sentidos. Conforme aconteceu em 1962 e 1963 sucessivamente, quer no jogo
Benfica-FC Porto, na Luz em novembro de 1962 (na vitória dos homens do Porto por
1-2, com golos de Azumir pelos Portistas) e em Alvalade no Sporting-FC Porto, em março
de 1963 (0-1, golo de Serafim). Jogos em que Américo defendeu a virtude portista
lá atrás, enquanto na frente os avançados conseguiram desfeitear os defensores
das redes adversárias. Conforme foi retratado por imagens e palavras escritas
no então existente jornal Diário de Lisboa, em cujas páginas lisboetas as
mágoas foram carpidas na atenuante da grande valia do guardião do FC Porto…
Faz-se assim apontamento de exceção, como simples exemplos, com respigos do
referido jornal Diário de Lisboa, perante o que ali ficou expresso, inclusive
fazendo a comparação e distinção entre os guarda-redes de um lado e do outro,
mais outros aspetos sintomáticos. Sendo ao tempo Américo o nome de quem mais se falava e escrevia.
Posto isto, retoma-se a linha da narrativa, focando ideia em publicações do jornal O Porto:
– Primeira deslocação ao estrangeiro de Américo como titular do FC Porto – à
Jugoslávia, para o jogo com o Dínamo de Zagreb, da 2ª mão da 1.ª eliminatória
da Taça das Cidades com Feira, em Outubro de 1962. (Américo integrara já
anteriormente uma comitiva oficial portista em deslocação ao estrangeiro, em
provas oficias, mas como suplente, conforme ocorrera em setembro de 1959 à Checoslováquia,
para o jogo com o Bratislava, da Taça dos Campeões Europeus). Sendo que desta
vez, em 1962, foi como guarda-redes principal. Américo não tinha jogado no jogo
da 1ª mão, nas Antas, por estar lesionado, jogo esse terminado com derrota portista
por 1-2; e depois então, para o jogo da 2.ª mão, no estádio do Slovan, apesar
de ter conseguido manter a baliza inviolada, o empate verificado de 0-0 não
evitou a eliminação devido à derrota anterior acontecida no Porto. Dessa
deslocação à Checoslováquia publicou o jornal O Porto, em seu número de 31 de
outubro de 1962, a foto de conjunto que se recorda – em que Américo aparece na primeira
fila, ao centro (no meio dos agachados, em primeiro plano).
– Após lesão que o afastou temporariamente, já em fase de
recuperação: Tratamento de Américo, aos cuidados de departamento respetivo, ilustrou
no jornal O Porto de 24 de março de 1963 a chegada de um novo diretor, que
passou para a frente do futebol portista. Quando Sebastião Ribeiro ficou a ser o
Chefe do Departamento de futebol (em substituição do anterior diretor responsável
Carlos Nunes). Documentando a foto um momento do início da atividade do referido
diretor, já no exercício de suas novas funções, a inteirar-se da situação do importante
guarda-redes da equipa.
= EM EDIÇÃO – continua …
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