25 de AGOSTO – «Neste dia, em 1992, Jorge Costa estreou-se
como sénior a marcar o golo da vitória do FC Porto sobre o Estoril, a primeira
das 24 que permitiram reconquistar o título nacional. As equipas de Carlos
Alberto Silva e de Fernando Santos mediram forças em Coimbra, por interdição
das Antas, e o defesa central de 20 anos só precisou de 17 minutos para assinar
o remate certeiro que garantiu os dois pontos.
Os bons indícios deixados no dia
25 de agosto de 1992 viriam a confirmar-se nas 13 temporadas seguintes, durante
as quais o mítico capitão realizou 383 jogos, marcou 25 golos, festejou 21
títulos e ergueu três troféus internacionais com as cores do coração – o azul e
o branco.». Conforme é bem lembrado hoje na newsletter oficial Dragões Diário.
E assim, porque também calha bem de vez em quando descansar
de puxar pela cabeça a escrever e citar outras origens, partilha-se esta fonte
para evocar o início da carreira do grande Jorge Costa, agora diretor do
futebol portista, na nova era do FC Porto, como em boa hora André Villas-Boas o
escolheu e ele aceitou e abraçou, cujos frutos já se fazem sentir na nova
aragem do ambiente azul e branco.
Também deitando olhos por outra fonte, na mesma onda azul de
trabalho digno de apreço, partilha-se, transcrevendo para aqui, a nota curricular
de Jorge Costa inserta no blogue “ESTRELAS DO FCP”, de Paulo Moreira (amigo da
blogosfera portista já há muito tempo e que tivemos grande prazer de contactar
pessoalmente ainda a meio de abril recente, na tertúlia Conversas à Moda do
Porto, quando também ele esteve entre os assistentes a essa sessão do painel sobre
história do FCP, na sede da candidatura de André Villas-Boas):
« Jorge Paulo Costa Almeida nasceu no dia 14 de Outubro de
1971 no Porto.
Começou por jogar futebol no F.C. Foz, clube que representou
até aos 13 anos.
Aos 14 ingressou nos juvenis do Futebol Clube do Porto onde
passou por todos os escalões de formação até chegar a sénior.
Na temporada de 1990/91 estreou-se como sénior e foi
emprestado ao F.C. Penafiel onde assumiu uma grande importância na equipa
orientada por Victor Manuel para o clube assegurar a permanência. Na época
seguinte de novo foi emprestado mas desta vez rumou à ilha da Madeira para
jogar pelo Marítimo S.C.. Com a camisola do clube insular, Jorge Costa viveu um
episódio caricato. No jogo contra o Futebol Clube do Porto no estádio dos
Barreiros, marcou o único golo do encontro, mas na sua própria baliza. Foi um
mau momento que com a ajuda dos colegas e do seu treinador, Paulo Autuori,
ultrapassou. Nessa época no clube madeirense, Jorge Costa fez 31 jogos e falhou
apenas 3 por castigo.
Na temporada de 1992/93 regressou ao Futebol Clube do Porto
para fazer parte do plantel comandado pelo brasileiro Carlos Alberto Silva.
A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 25
de Agosto de 1992 no Estádio Municipal de Coimbra onde os portistas receberam e
venceram o G.D. Estoril por 1-0, com Jorge Costa a ser o autor do golo da
vitória, num jogo que contou para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de
1992/93.
Jorge Costa representou o F.C. Porto durante treze
temporadas. Teve uma breve passagem pelo futebol inglês quando esteve
emprestado ao Charlton Athletic F.C. entre Dezembro de 2001 e Maio de 2002.
Foi o sucessor da mítica camisola com o número 2 de João
Pinto e também Capitão e foi nessa condição de líder que ergueu os principais
troféus internacionais de clubes conquistados pelos azuis e brancos em 2003 e
2004.
Durante os 13 anos que jogou de Dragão ao peito, Jorge costa
conquistou 24 Títulos, disputou 383 jogos oficiais e marcou 25 golos. Foi um
dos jogadores que participou em todos os campeonatos do Penta.
Em 2005/06 Jorge costa passou a ser a quarta opção do
treinador Co Adriaanse e apenas jogou as partidas particulares da pré-época e
decide deixar o F.C. Porto e rumar à Bélgica para se juntar ao seu
ex-companheiro do F.C. Porto, Sérgio Conceição, no Standard de Liége, clube
onde viria a terminar a sua brilhante carreira de futebolista em Outubro de
2006.
Jorge Costa foi também Internacional por Portugal e vestiu a
camisola das Quinas por 50 vezes tendo marcado 2 golos. Esteve presente no
Campeonato da Europa de 2000 e no Campeonato do mundo de 2002.
Em Dezembro desse mesmo ano começa uma nova fase da sua vida
ao ser treinador adjunto de Rogério Gonçalves no S.C. Braga, para em Fevereiro
de 2007 assumir o comando técnico dos bracarenses. Manteve-se a treinador dos
minhotos até que em Outubro o clube prescindiu dos seus serviços. Em 2008/09
assumiu o comando técnico do S.C. Olhanense e levou os algarvios de novo ao
escalão máximo do futebol português, isto depois de se ter sagrado Campeão
Nacional da 2ª Liga. Jorge Costa continuou em Olhão na temporada seguinte. No
verão de 2010 passou a treinar a Académica de Coimbra, no entanto em dezembro
desse mesmo ano abandonou o comando dos estudantes e ao mesmo tempo anunciou
que deixaria o mundo do futebol. Mas o afastamento durou poucos meses porque em
Maio de 2011 assinou pelos romenos do F.C. Cluj, onde conquistou o Campeonato
Romeno. Em Abril de 2012 foi afastado pela direcção do comando técnico do clube
romeno. Rumou depois ao Chipre para comandar o A.E.L. Limassol na temporada de
2012/13 e o Anorthosis Famagusta F.C. em 2013/14, no entanto regressa a
Portugal em Fevereiro de 2014 para assumir o comando do F.C. Paços de Ferreira,
consegue manter os pacensses na 1ª Liga mas deixa o clube no final da
temporada.
No dia 25 de Julho de 2014 voltou a pisar o relvado do
Estádio do Dragão e a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto para o jogo
de homenagem e despedida de Deco.
Em Julho de 2014 aceitou o convite da Federação do Gabão
para ser o treinador da sua Selecção Nacional, cargo que ocupou até 2017.
Passou depois pelo comando técnico dos tunisinos do C.S. Sfaxien e no inicío da
época de 2017/18 regressou a Portugal para orientar o F.C. Arouca mas deixa o
clube apenas três meses depois. Ainda no ano de 2018 rumou até França para
passar a ser o treinador do Tours F.C. Em 2018/19 viajou para a India onde
orientou o Mumbai City F.C.. Na época de 2020/21, depois de uma breve passagem
pelos romenos do C.S. Gaz Metan, voltou a Portugal para treinar o S.C. Farense,
até ao final de Agosto de 2021. Em Fevereiro de 2022, regressou ao C.S.
Sfaxien. Na temporada de 2022/23, voltou a Portugal para assumir o comando
técnico do Académico de Viseu F.C. e já na época seguinte passou a ser o
treinador do AVS Futebol SAD.
Em Maio de 2024, regressou ao F.C. Porto para assumir o
cargo de Director de Futebol na presidência de André Villas-Boas.
Palmarés como jogador
1 Taça Intercontinental
1 Liga dos Campeões
1 Taça UEFA
8 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)
5 Taças de Portugal
8 Supertaças Cândido de Oliveira
Palmarés Como treinador
1 Campeonato Nacional da 2ª Divisão (Portugal)
1 Campeonato da Roménia »
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Ora, agora por palavras aqui do autor deste blogue Memória
Portista, é com muito gosto que se recorda o início e a caminhada do grande
capitão Jorge Costa, que durante muitos anos foi senhor da mítica camisola nº 2
que no FC Porto ganhou história com Virgílio Mendes, Alberto Festa, Gabriel,
João Pinto, até ao Jorge Costa (e mais alguns depois, como Bruno Alves, etc. até ao Pepe, por ora). Que além dos títulos conquistados pelo FC Porto, Jorge Costa, enquanto atleta do futebol, foi também Campeão do Mundo pela Seleção de Sub-20 que venceu o Mundial de 1991. Numa bela história, lembrada a propósito da efeméride da sua estreia em jogos oficiais
com a camisola do FC Porto no plantel sénior e logo coroada com o golo da
vitória e único desse encontro. Culminando agora estar ao lado do presidente
André Villas-Boas, junto com Zubizarreta no departamento do futebol azul e
branco, no apoio à equipa orientada por Vítor Bruno, a recuperar os valores do FC Porto, como já se está a sentir bem.
Jorge Costa foi um dos jogadores mais admirados aqui pelo
autor destas lembranças. Tanto que, falando na primeira pessoa, eu sentia nele
todo o meu sentimento portista, a garra de só estar bem com o Porto a ganhar e aumentar o palmarés histórico, sendo algo especial
para nós. Por isso, quando o Octávio Machado provocou o caso da braçadeira que
levou à saída do Jorge Costa do FC Porto, eu fiquei muito sentido, magoado como Portista, tal como
quando Octávio havia provocado a saída do Bibota Fernando Gomes, e mais tarde não
quis o regresso de Jardel, tudo com a complacência de Pinto da Costa. Sendo, na
natureza de tudo isso que, quando foram publicados seus livros, eu me apressei
a adquiri-los ao ter conhecimento deles, primeiro o “Jorge Capitão Costa”, por
Carlos Pereira Santos e Rui Cerqueira, editado pela Prime Books em 2005; e depois
“O Bicho Jorge Costa”, da coleção os Magníficos, edição Quidnovi e A Bola em
2008. Livros que, com valor muito estimativo, fazem parte da coleção guardada na biblioteca pessoal. Cujas capas se incluem entre as imagens de ilustração, aqui. Nesta memória
sobre Jorge Costa que, tal como antes foi um Jogador à Porto, agora é um dos
rostos dos Diretores mesmo à Porto.
Armando Pinto
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Este artigo foi originalmente publicado neste site