A 12 de julho de 1963 faleceu o célebre futebolista ”Pinga”,
o melhor jogador de futebol em seu tempo, pelo menos e um dos melhores de
sempre, em Portugal e no FC Porto. Artur de Sousa, conhecido por Pinga, que
fora o ídolo das multidões nos anos trinta e quarenta como artista da bola,
dentro do campo, por fim enveredara pela carreira de treinador. Tendo como “Técnico”
sido mestre das camadas jovens do FC Porto e adjunto na equipa principal, além
de ter tido passagens por algumas outras equipas, em cujo mister ficou ainda
para a história como treinador do Tirsense que eliminou da Taça de Portugal o
Sporting dos “cinco violinos”. Sendo sempre mais associado à sua carreira de
jogador, pelo FC Porto e pela Seleção Nacional (ao tempo com poucos jogos
possíveis), em que foi “o primeiro fenómeno da ilha da Madeira” e o mais
categorizado jogador do futebol português nos tempos em que o desporto-rei em
Portugal era ainda pobre, até em divulgação.
Ora, então em 1963 desapareceu Pinga do número dos vivos, perdendo
o FC Porto um dos maiores da História Portista.
«Ao longo de 15 campanhas consecutivas, o avançado
madeirense Pinga fez 331 jogos e conquistou 16 títulos com as cores portistas.
“Pinga”, que herdou a alcunha do pai, escreveu algumas das mais belas páginas
do Campo da Constituição graças à fantástica qualidade técnica e à potência de
um remate que levou as bancadas ao delírio em 314 ocasiões. Repousa eternamente
no Mausoléu do FC Porto em Agramonte.»
Evocando esse Ás Eterno, deitamos olhos ao que no tempo foi
publicado no jornal O Porto, através de testemunhos do historiador desportivo e
portista Rodrigues teles e do também grande futebolista Hernâni.
Pinga, em sinal de sua importância referencial, seria depois
devidamente homenageado com seu nome no galardão máximo do clube, “Troféu Pinga”,
criado após a sua morte, para atribuição de reconhecimento a atletas salientes do
F C Porto, como foi até aos inícios da década de setenta (depois substituído em
1985 pelo atual Dragão de Ouro).
Descansa agora no Mausoléu do FC Porto, onde repousam
Glórias do FC Porto. Para o qual foi mais tarde transferido após a edificação
do Mausoléu-jazigo Perpétuo do FC Porto no cemitério citadino de Agramonte,
depois de ter estado em sepultura própria desde seu funeral, no dia seguinte à
sua morte. Cujas exéquias foram acontecimento de grande acompanhamento público,
tornando-se em manifestação pública que mereceu mesmo no espaço de registo jornal
O Porto num dos números de publicação seguinte – ao qual, como tal, se fará
menção também seguinte (no dia da respetiva efeméride).
Armando Pinto
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