A 5 de abril de 2008 ficou confirmada a conquista do segundo
de três Tricampeonatos da história do futebol senior do FC Porto. Então em jogo
disputado no Estádio do Dragão, com uma vitória por 6-0 sobre o Estrela da
Amadora, quando ainda faltavam cinco jornadas para o fim do campeonato da 1ª Liga. Estava assim
confirmado o segundo Tricampeonato (de três) da história do FC Porto, depois da
sequência começada em 1994-95 e que só terminou com o Penta, em 1998-99 – e
cinco anos antes do Tri seguinte entre 2010-11 e 2012-13.
Tempo em que jogadores históricos como Lucho González, Tarik
Sektioui, Ricardo Quaresma, Bruno Alves e Lisandro López marcaram os golos desse jogo (numa
conta acrescida com um involuntário dum adversário, Maurício, que marcou na
própria baliza). Sendo esse dia também marcante na história do FC Porto por
diferente motivo, como foi anos antes o desaparecimento do grande Hernâni, um
dos melhores jogadores de sempre do FC Porto e do futebol português.
Com efeito, nesse dia fazia anos que a 5 de Abril de 2001 Hernâni
Ferreira da Silva nos deixou. Como perfaz agora, nesta data, tal efeméride
digna de evocação. Tendo Hernâni desaparecido fisicamente, mas continuando bem
presente, como permanente recordação. Qual eterna recordação por seu
virtuosismo futebolístico, além de seu grande carácter e forte personalidade, como
rezam as crónicas afirmativas de sua influência dentro e fora do campo perante
o futebol portista em seu tempo, a somar à sua genialidade como jogador. Era
tal a sua importância que um jornalista afeto ao Benfica e conhecido por suas
crónicas no jornal A Bola tentou fazer passar a ideia que Hernâni havia sido
adepto benfiquista antes de ter envergado a camisola azul e branca (como Carlos
Pinhão escreveu num livro da coleção Ídolos do Desporto), o que era totalmente
falso, mas enganou muita gente e ainda leva a equívocos, por vezes. Quão revela
como os adversários gostariam de o ter de seu lado quando jogava!
Perfaz assim agora as correspondentes somas de anos dessas
duas efemérides significativas que permanecem vivas na Memória Portista.
Armando Pinto
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