Estando-se em período do defeso futebolístico e tempo de
transações de jogadores, como hoje se passa com as transferências, vem a calhar
recordar uma transferência de outrora com toque de afeição clubista. Como foi
com a aquisição do guarda-redes Armando Silva, vindo do Sporting de Braga,
tratando-se do regresso do mesmo ao clube de coração, onde se formou.
Armando Pereira da Silva, após ter jogado nas categorias
jovens do FC Porto de 1954 a 1958, ainda havia chegado a integrar o plantel sénior
do FC Porto de 1958 a 1959/60 (havendo sido o guarda-redes suplente do FC Porto
na final da Taça de Portugal ganha em 1958). Tendo de seguida sido cedido ao
Gil Vicente, de permeio com intromissão do serviço miliar obrigatório e incorporação
para África, durante dois anos de passagem pela guerra colonial que o levou a
jogar em Angola pelo Ferroviário de Malange; para no regresso à Pátria ter
experimentado o Salgueiros; até que se fixou no Sporting de Braga, ficando na
história como guardião arsenalista da final da Taça de Portugal em 1966 ganha
pelos Guerreiros do Minho. Além de ter sido Internacional 1 vez pela Seleção
Nacional B e por 3 vezes foi suplente na Seleção A. Chegando mais tarde a possibilidade
de regressar ao FC Porto, na pré-época de 1970, derivado ao Clube na ocasião
estar a precisar de reforçar o posto de guarda-redes, na sequência da época de
1969/70 em que foram utilizados quatro guarda-redes (Rui, Aníbal, Vaz e
Antenor) e um quinto (Frederico) chegou a estar no banco de suplentes, ainda, durante
a temporada da pior classificação de sempre do FC Porto no Campeonato Nacional.
Pois então em junho de 1970 foi dada publicamente a notícia
de “Armando de Braga para as Antas” – conforme noticiou o jornal O Porto de 13
de junho desse ano, quase à chegada do verão de 1970.
Do facto, evoca-se assim essa vinda de regresso de um bom filho
que à casa tornava, ao tempo. Através de recorte da notícia em apreço, junto com
cromos (de coleção pessoal) do mesmo, de quando Armando esteve no Braga (como
se pode ver pela legenda do verso do cromo) e depois já no FC Porto, bem como
do plantel que ficou a integrar em 1970/71. Deixando que as imagens guardadas
exprimam o apreço do facto.
Armando Pinto
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