– 08/10/2024 – O Presidente do FC Porto André Villas-Boas esteve presente e foi um dos oradores na Conferência do Conselho da Europa dos Ministros do
Desporto, que incluiu representações de importantes de clubes e dirigentes. Com o FC Porto bem representado pelo jovem novo Presidente, que marcou presença e discursou.
André Villas-Boas esteve presente na 18.ª Conferência do
Conselho da Europa dos Ministros do Desporto, evento que decorreu na Alfândega
do Porto e em que participaram governantes de 50 países, 40 representantes
nacionais e 50 jovens dirigentes de cada estado-membro da União Europeia. Tendo
sido um dos palestrantes, durante o seu discurso o presidente do FC Porto declarou que “o desporto tem que ser pensado, discutido porque não
pode perder a sua capacidade de ser uma das raízes-força de evolução do
individuo e das sociedades”, pelo que “urge a ação e não o silêncio” e o FC
Porto “tal como hoje, estará e quer estar no centro dessas discussões críticas
que marcarão o futuro. Seremos um ator ativo e não nos demitiremos nunca da
nossa responsabilidade. Queremos fazer mais. Ir às raízes, educar. Já realizamos vários programas de formação junto dos jovens
atletas, para que estejam conscientes de todas as ameaças que circundam o mundo
do futebol e adquiram ferramentas para se protegerem a si e ao desporto”. Disso
são exemplos o Portal da Transparência e as ações de formação em match-fixing,
em psicologia e sustentabilidade, em ética desportiva e na gestão das redes
sociais que têm vindo a público nas últimas semanas. Bem como, remetendo à forma
de estar no desporto, referiu: “Depois de ter sido atleta, formador,
treinador, sempre me interessei pelo desporto como um todo, como uma das mais
completas e belas construções humanas, capaz de unir através de uma linguagem
universal, de ultrapassar obstáculos entre e comunidades, de educar e formar,
de incluir, capaz de levar o individuo à superação fruto do seu trabalho e do
trabalho do grupo. Mas, há sempre um reverso da medalha. Por isso, o desporto
tem que ser pensado, discutido porque não pode perder a sua capacidade de ser
uma das raízes-força de evolução do individuo e das sociedades.” Tal
como da globalidade do FC Porto na amplitude da Conferência Europeia, vincou sobre
o Ecletismo do emblema azul e branco: “O FC Porto é um clube eclético, com
várias modalidades, que diariamente movimenta milhares de pessoas e atletas e
estamos cientes que esta é a celebração de uma convenção viva, que tem feito o
seu caminho ao longo de 10 anos e cada vez mais países e agentes do desporto se
congregam à sua volta e nela se orientam de forma a melhor servir a sociedade,
reconhecendo a prática do desporto como um bem fundamental da nossa vida”.
Sobre as lutas do FC Porto: “É uma luta que temos de travar
contra a discriminação, violência e corrupção no desporto. Desde a minha
eleição que tenho afirmado que o FC Porto quer ser uma bandeira neste discurso
em torno do futebol português, europeu e no desporto. Ter esta oportunidade de
estar aqui com ministros da Europa permite refletir sobre o futebol português e
europeu. Apenas levantar algumas questões que têm de resolvidas, imediatamente
sobre a transparência. No caso do FC Porto, o caso do desaparecimento de
Cardoso Varela, um jovem de 15 anos, para um clube amador croata e tudo o que
tem a ver com a manipulação de resultados e corrupção de pessoas, para tornar o
futebol mais digno, essa é a missão de um clube eclético como o FC Porto.”
No final e a instâncias dos representantes da comunicação
social, o presidente do FC Porto acedeu a comentar alguns dos tópicos da
atualidade. Conforme as publicações generalizadas dos diversos órgãos
informativos. Referindo que a auditoria forense à gestão do clube tem trazido
resultados “algo surpreendentes” e que a investigação irá continuar para
além dos últimos dois anos. “Nós temos concluídos dois anos de auditoria
forense e queremos andar para trás mais dois anos nessa investigação”,
assegurou André Villas-Boas, que falava à margem da Conferência de Ministros do
Desporto do Conselho da Europa, no Porto. O presidente dos ‘dragões’ assegurou
que “a investigação irá continuar”, pois é “um compromisso para
com os sócios” que o elegeram em abril, e que os primeiros resultados e
conclusões “serão revelados brevemente, em finais de outubro ou no início
de novembro”. “Iremos continuar a investigar todas as más praticas ou
situações das quais desconfiamos nos últimos anos [relativos à presidência de
Pinto da Costa]. Dois anos estão analisados e já tirámos algumas
conclusões”, adiantou. Quanto a casos recentes: “As pichagens são normais. Enquanto
no caso dos assobios no Dragão parece-me um movimento orgânico, soberano, ali
parece-me apenas uma patetice de uma encomenda infantil de tentativa de
desestabilização do FC Porto. Os Super Dragões, enquanto associação e Grupo
Organizado de Adeptos, distanciaram-se imediatamente dessas pichagens e nada
temos a ver com isso. É apenas uma patetice e uma infantilidade de alguém que
quer desestabilizar o FC Porto. Terá sido um infeliz qualquer, não tem qualquer
valor, não atribuímos valor. O único problema é para a Porto Ambiente, que
passa a vida a limpar muros e não tinha necessidade disso.”
Armando Pinto
Este artigo foi originalmente publicado neste site