No domingo dia 1 de setembro pela primeira vez houve um jogo
de futebol feminino à porta aberta no Estádio do Dragão e logo com uma grande
casa, batendo o recorde nacional de assistência de público em jogos de futebol
de mulheres. Na quarta-feira seguinte, dia 4, foram colocados no Museu do FC
Porto alguns objetos de recordação desse prélio histórico, a assinalar devidamente
o acontecimento. Tendo então havido uma visita das intervenientes desse mesmo
jogo ao próprio Museu do FC Porto By BMG, para verem e sentirem como estão já
na História do Clube.
Tudo isto junto, assim, num encontro assinalável da mística
portista, do passado recente com o presente e futuro.
É esse, assim mesmo, um facto histórico já carregado de
memória e como tal merece figurar entre Memórias Portistas, a fazer memória
agora para sempre.
Com efeito, a partir de agora no Museu do FC Porto já está
em exposição um conjunto de memórias do encontro de apresentação da equipa
feminina do FC Porto, disputado com a congénere equipa do União de Leiria no domingo
primeiro de setembro, em pleno Dragão e que levou ao principal recinto do
futebol do FC Porto a assinalável moldura humana de 31.093 pessoas, número que
passou a ser recorde nacional. Tendo ficado de agora em diante no museu a ficha
do jogo, através da folha de papel impresso e anotado com os dados respetivos,
mais o galhardete do jogo, autografado por todas as jogadoras, e a camisola
da marcadora do 1.º golo do jogo e consequentemente primeiro golo de futebol
feminino marcado no estádio do Dragão, da autoria da Matilde Vaz. Lá figurando
assim a camisola em posição de se ver o seu nome estampado nas costas, Matilde.
(Um nome bonito, por sinal, e especial também aqui para o autor destas linhas, sendo que
foi e é nome que tenho sempre na cabeça, o nome da minha Mãe.)
= A capitã da equipa e primeira jogadora contratada e inscrita pelo Clube no plantel sénior, Cláudia Lima; e a marcadora do 1.º golo de mulheres no estádio do Dragão, Matilde.
Ficaram então esses itens memoriais expostos no local das
apresentações, no espaço nobre entre os trofeus mais importantes do futebol nacional e internacional conquistados pelo FC Porto (segundo se viu pela reportagem televisiva do Porto Canal). Mas claro que
depois irão ficar em espaço apropriado a fazer companhia a outros do historial
portista. Acrescentando assim mais objetos de valor e estimação ao grande museu
do FC Porto, onde logo que seja possível concerteza irão sendo colocados outros
que foram ficando anteriormente em armazém, porque tudo o que faz parte da
memória portista tem o mesmo valor. Aliás como em tempos havia sido prometido
pelo anterior presidente da Direção e SAD, planeando a criação duma Cava do
Dragão, para aumento ao espaço museológico, algo que acabou por entretanto ter ficado
no esquecimento anos a fio. Embora presentemente com as dificuldades deixadas precisamente
pela anterior administração, tenha de haver prioridades e, tal como Roma e
Pavia se não fizeram num dia, o futuro terá de ir sendo feito dentro das
possibilidades e bom planeamento.
Está pois mais enriquecido o Museu e o espólio que o estádio
do Dragão acolhe. Ombreando o caso do 1º golo duma jogadora no Dragão, a 1 de
setembro de 2024, no primeiro jogo de mulheres na casa-mãe do FC Porto, com o
ocorrido anos antes, quando na inauguração do estádio, a 16 de novembro de
2003, houve o que ficou a ser o 1.º golo marcado no Dragão, esse da autoria do
Derlei. Fastos dignos de apreço. Tal como, por exemplo, no antigo estádio das
Antas havia um quadro com a fotografia do Vital, autor do 1.º golo do FC Porto
naquele mítico estádio em 1952, entre outros quadros com fotos de grandes
atletas colocados no espaço nobre do “hall” de acesso aos balneários (como
também ao túnel de ligação ao relvado e alguns departamentos). Porque a riqueza
memoranda dum grande clube, como o FC Porto, conta muito em fixar à posteridade
tudo o que enobrece o património físico e humano da Alma Clubista.
Armando Pinto
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Este artigo foi originalmente publicado neste site