Estando-se em maio, neste tempo de aproximação às cerimónias
tradicionais de Fátima, e na fase final do Campeonato da atual Liga, vem a
talhe lembrar algo relacionado, já de tempo distante. Num tempo de dias bons,
afinal.
Então… Em 1990 o dia 6 de maio foi num domingo de sol aberto,
perpassando desde a manhã ridente até à soalheira tarde domingueira umas marcantes
sensações, quão ficaram para a história pessoal e portista tais momentos. Sendo
nesse dia que no estádio das Antas se realizava o jogo que daria a certeza da
conquista de mais um Campeonato Nacional de futebol para o FC Porto, sem eu poder
dessa vez ir viver in loco tal jornada, por estar a caminho de Fátima. Estando
então a ir a Fátima a pé, em peregrinação com uma pessoa de família e diversas pessoas
conhecidas.
Pois então, depois de durante a caminhada do dia ter sabido apenas
algo do desenrolar do jogo, sem ouvir relatos, pois quando não posso ver
prefiro não estar ansioso e só saber depois o resultado, acabei por saber que o
Porto estava a ganhar já quando acabamos a etapa desse percurso. E depois, enquanto
outros descansavam ou recuperavam energias, fui até um café, junto ao local onde
ficávamos; e vi então o final do jogo na televisão, mais a festa que se seguiu.
Nesse tempo em que a apoteose final era com invasão festiva ao relvado do campo
de jogo, para vitoriar os campeões e tudo mais.
Isso então, nessa tarde soalheira do domingo 6 de maio de 1990.
Quando o FC Porto venceu o Vitória de Setúbal por 1-0 no jogo da decisão do título,
através de um golo de Jorge Couto, suficiente para o FC Porto ali confirmar a
conquista do 11.º Campeonato Nacional de futebol. A conta que se verificava até
esse ano. Desde então, o FC Porto venceria mais 19 Campeonatos, como se sabe,
até estes dias que correm.
Ora, naquele tempo, passavam a faltar duas jornadas, para o
fim do Campeonato, dessa época de 1989/1990, mas o FC Porto levava suficiente
vantagem de cinco pontos sobre o Benfica, sendo que as vitórias valiam dois
pontos, ainda. Assim, após mais essa vitória, ficara desde logo garantido o
título nacional, o terceiro sob o comando de Artur Jorge.
Dias depois, após eu ter concluído a ida a Fátima, já no
regresso, porque já não pude antes arranjar jornais, comprei então uma revista com
reportagem alusiva, para ver, ler e guardar. Sendo dessa publicação, existente
nesse tempo, a Bola Magazine, as imagens das respetivas páginas com que se ilustra
esta recordação.
Armando Pinto
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