Em finais de AGOSTO de 1983 Cristiano, que durante muitos
anos foi o mais importante hoquista do FC Porto e único do FC Porto que ia regularmente
à Seleção A do hóquei patinado nacional, regressava ao FC Porto. Num regresso
muito desejado pelos adeptos portistas, após ter andado alguns anos por Espanha,
Itália e por Lisboa. Havendo então, depois de ter jogado na equipa principal do
FC Porto desde meio dos anos 60, inicialmente até ainda com idade de júnior mas
já na equipa de honra como principal artilheiro, e seguidamente como autêntica
bandeira da modalidade no clube, como maior embaixador e representante do
hóquei portista, até meio dos anos setentas. Tendo em 1976 interrompido sua
ligação ao FC Porto e ido jogar para Itália, no Viareggio, de onde recebeu
tentador convite, sem que o FC Porto cobrisse a oferta e assim esteve aí no
Viareggio durante meio ano, regressando de seguida ao FC Porto. Voltaria depois
ao estrangeiro, em 1980, tendo ido jogar em Espanha, pelo Liceu da Corunha, acabando
por voltar a Portugal em 1981 mas, como do FC Porto não houve qualquer convite,
acabou por ir jogar no Benfica, que foi nessa época o único clube a manifestar querer
o seu regresso ao país. E ali Cristiano passou algum tempo, fora de seu
ambiente. Até que, logo que do seu clube do coração houve manifesto convite, reabertas
finalmente as portas das Antas, Cristiano regressou ao FC Porto, em 1983. E assim
novamente com a camisola azul e branca ainda jogou duas épocas, para terminar a
carreira de jogador então em 1985, mas continuando de seguida como treinador, à
frente da equipa do FC Porto, também. Havendo sido Cristiano o primeiro
treinador do FC Porto que deu ao clube o primeiro título de Campeão Europeu que
o FC Porto conquistou – antes ainda dos títulos europeus do futebol e bilhar,
conseguidos depois. Honra do Hóquei na Gloria do FC Porto
= Início da pequena biografia publicada na revista “Ídolos”
de Henrique Parreirão, com texto de Carvalho Couto (ao tempo Chefe de Redação
do jornal O Porto), em 1980. Em cuja reportagem era referido que iria estar em
Espanha um ano, para depois regressar ao FC Porto…
Cristiano, enquanto jogador foi distinto hoquista que fez parte da Seleção do Mundo, e entretanto até foi considerado oficialmente o melhor goleador do Mundial da Argentina, em 1978,
além de no seguinte Mundial do Chile, em 1980, ter sido eleito pela Federação
internacional (FIRS) o melhor hoquista desse Mundial. Tendo ao longo da
carreira recebido muitas distinções, sendo um dos hoquistas nacionais mais distinguidos com trofeus e do FC Porto é mesmo o maior detentor de trofeus, entre os quais recebeu
do FC Porto o Troféu Pinga uma vez (ao tempo o Galardão de honra do clube), e
depois o sucessor Dragão de Ouro, este por duas vezes, uma como jogador e outra
como treinador.
= Imagem de Cristiano, junto com um colega de Seleção e com
o então selecionador Correia de Brito, no regresso do Mundial do Chile. E… referência jornalística à sua distinção de melhor desse Mundial. Conforme publicação no
jornal “Golo”, de novembro de 1980.
Ora – como nesta data é bem lembrado na newsletter “Dragões
Diário” – a 31 de agosto de 1983 «o FC Porto confirmava o regresso do hoquista
Cristiano Pereira através de uma notícia de última hora publicada no
desaparecido jornal O Porto, publicação oficial do clube que dois anos mais
tarde daria origem à revista Dragões. Cristiano, um dos melhores praticantes de
sempre, seria campeão nas duas épocas seguintes, assumindo o comando técnico em
1985/86 com um sucesso tremendo: os azuis e brancos conquistaram pela primeira
vez o título de campeão europeu, derrotando os italianos do Novara na final, e
venceram as três competições nacionais.»
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens ))
= Nota: Para rever a biografia de Cristiano, relembre-se
aqui seu percurso, clicando em
https://memoriaporto.blogspot.com/2016/05/cristiano-nome-referencial-do-hoquei-em.html
A P
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