Presidente do FC Porto admite, no entanto, que se sentiu “traído”
Pinto da Costa abordou, na entrevista à ‘Rádio Renascença’, os casos de doping que levaram à extinção da W52, equipa de ciclismo à qual o FC Porto esteve associado. O presidente dos dragões admitiu que se sentiu traído, mas lembrou que o clube nada teve a ver com o problema em si.
“Senti-me traído como se sentiram os responsáveis. O FC Porto tinha uma parceria com a W52, onde toda a atividade e gestão desportiva pertencia à W52. O FC Porto dava a autorização para as camisolas e isso levou a que uma multidão, mesmo multidão, passasse a acompanhar os ciclistas. Mas não tivemos nunca qualquer intervenção em nada. E os responsáveis da W52 também não. Agora, foram apanhados alguns ciclistas que tinham tomado substâncias proibidas pelo antidoping. Foram apanhados, foram suspensos”, explicou, acrencentando: “Duvido muito que, se fizessem as mesmas análises e as mesmas coisas ao pelotão, a maioria não estivesse [dopada], porque era um mau hábito que todos de um modo geral tinham, de tomar substâncias que, não sendo propriamente doping, estavam proibidas.”
Pinto da Costa explica que o clube tornou-se “num alvo”. “O FC Porto foi um alvo escolhido por alguma comunicação social. Por exemplo, toda a gente sabe que o FC Porto não tem nada a ver, quem escolhe treinador, médico, ciclistas, tudo, não interferimos em nada. Portanto, não interferimos se o ciclista come frango, batatas ou bacalhau. Não temos nada com isso. Mas, mesmo sabendo isso, há televisões que quando punham W52, aparecia a minha fotografia, como se eu fosse ciclista.”