“No sábado, prometemos uma análise detalhada à arbitragem de Hugo Miguel no Bessa. Aqui está.
Os adeptos mais desatentos até podem achar que o árbitro de Lisboa, que no final da época passada deixou três penáltis por marcar a favor do FC Porto em Braga e ainda expulsou Brahimi por ter proferido “palavras impercetíveis em francês”, protagonizou uma arbitragem sem mácula. É verdade que não ficaram penáltis por marcar ou que não foram mal validados ou invalidados golos ao FC Porto ou ao Boavista. Um olhar mais atento ao que se passou em campo revela, contudo, mais uma atuação que procurou atirar a nossa equipa para baixo.
5m – José Sá defende, aos pés de Yusupha, uma bola que antes de sair ainda toca no avançado boavisteiro. Era pontapé de baliza, mas Hugo Miguel assinalou canto.
23m – Cartão amarelo a Herrera num lance em que se limita a cortar a bola de forma limpa.
40m – Carraça, de forma violenta, calca Alex Telles. Expulsão poupada ao jogador do Boavista – é a opinião, por exemplo, de Duarte Gomes.
43m – Cartão amarelo a Marcano, por um protesto que não foi ostensivo nem desrespeitador num lance em que tinha razão.
44m – Fábio Espinho mergulha na área sem sofrer qualquer toque. Simulação grosseira que não foi punida com cartão amarelo.
45m – Após um primeiro tempo em que o Boavista abusou do antijogo, Hugo Miguel dá apenas um minuto de compensação. Um minuto foi o tempo que demorou, numa ocasião, a aparecer um apanha-bolas que ‘servisse’ José Sá num pontapé de baliza.
51m – Amarelo incompreensível a Aboubakar, na sequência de festejos em que não cometeu qualquer ato ilícito.
52m – Entrada perigosa, por trás, de Sparagna sobre Corona. Mais um vermelho poupado ao Boavista.
Uma vez mais, o FC Porto acabou por vencer com todo o mérito. Da mesma forma que, nas bancadas, os portistas se superiorizaram claramente aos boavisteiros, os jogadores azuis e brancos, no campo, derrotaram o adversário e os árbitros. Esta partida também serviu para voltar a vincar as diferenças entre o FC Porto e o Benfica nesta temporada: no mesmo terreno, a turma de Carnide foi beneficiada pelos árbitros (marcou um golo irregular), mas mesmo assim perdeu; o FC Porto, pelo contrário, foi prejudicado, mas mesmo assim ganhou.
A procissão ainda vai no adro, mas já podemos dizer com clareza que nas primeiras dez jornadas da Liga só mesmo as arbitragens é que nos poderiam parar. Bem tentaram, mas não tiveram sucesso. Sabemos que vão continuar a tentar, porque o polvo não vai desistir de tentar ganhar como ganhou nos últimos quatro anos. Há que manter os olhos bem abertos.
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