Delegados – Os meninos queridos na Luz
Hoje é importante revelar quais os “meninos queridos” que ao longo da época 2016/17 fizeram delegacias nos jogos do tetra campeão nacional.
Não me atrevi a ir tão longe, ver os factos das últimas quatro épocas, pois a que agora cessou, serve na perfeição para ilustrar o “regabofe” das nomeações dos delegados para os jogos do Benfica.
Assim,
nos 34 jogos do tetra campeão, em 22 deles os dois delegados nomeados eram afectos ao Benfica,
em outros 9 pelo menos um delegado era afecto ao clube da águia,
os restantes 3 jogos ( visitas a Guimarães na 16 jornada, Moreirense na 28ª jornada e Boavista na 34ª jornada) não houve nenhum delegado afecto ao clube da Luz.
Facto – 64% dos jogos do Benfica foi “delegado” por dois “simpatizantes” encarnados.
Os mais “assíduos” foram Rui Manhoso (5), Nuno Pedro (4), Carlos do Carmo (4), e com três jogos os delegados Miguel Oliveira, Albertino Galvão, Augusto Carvalho, Manuel Castelo, Carlos Santos, Paulo Renato, José Pinto, Vítor Rosa e Bruno Ferreira.
Nos 34 jogos do FC Porto, um jogo com dois delegados afectos e 5 jogos com um delegado afecto.
Nos 34 jogos do Sporting, cinco jogos com um delegado afecto.
Mas se a maioria dos delegados são benfiquistas, não estarão sempre presentes nos jogos em larga escala?
Claro que sim, esse foi o propósito ao longo dos anos, como dizia alguém responsável: “ azul e verde para afastar e vermelho para aumentar”. Por isso aparecem estes posts, para demonstrar que a purga vem acontecendo ao longo dos anos, culminando na limpeza de delegados “indesejáveis” e a admissão de outros mais “desejáveis”.
O que acontece por haver delegados afectos ao Benfica nos jogos do clube da Luz? Não sei, mas se calhar a explicação está no que me disse um delegado:
“ O sistema está instalado e veio para ficar. Verifiquem os mapas de castigos semanais. Raramente ou quase nunca o Benfica é sancionado por presenças indevidas na zona técnica de elementos estranhos ao jogo, e são vários por jogo.
Dificilmente o Benfica é castigado com palavras dirigidas aos árbitros ou outros agentes desportivos e são uma constante.
Se verificarmos os mapas de castigos semanais, o Benfica é castigado pelo uso de artefactos pirotécnicos, cânticos entoados pelos seus adeptos, lançamento de objectos para o terreno de jogo, mas NUNCA por palavras insultuosas proferidas junto dos Delegados da Liga. Veja-se o caso de Jonas quando é substituído no jogo Rio Ave-Benfica, insulta adversários e agentes desportivos na presença e na cara dos Delegados da Liga (Carlos do Carmo e Bruno Ferreira), ambos a três metros do jogador como se constatou nas imagens e nada foi mencionado no relatório. De mencionar que são dois elementos da área de Lisboa, e foram ao norte porque são da confiança do Benfica, senão não iam.”
Estes alguns exemplos “oferecidos” por alguns Delegados com quem dialogamos mas, poderemos questionar a presença de um OLA (Oficial de Ligação aos Adeptos) nos jogos do Benfica, se não tem claques legalizadas ou grupo de adeptos organizado?
Poderemos falar sobre os atropelos cometidos em todos os jogos do Benfica, onde o Modelo P – Acesso e Permanência no Recinto de Jogo, vai sendo “aditado de elementos a circular na zona técnica”, com o preenchimento de uma folha A4 com uma série de nomes, a que os “Delegados afectos” fazem vista grossa.
Elucidados?
Da nossa parte continuaremos a relatar os factos, que nos fazem chegar como comprovativos dos braços de um longo sistema, que vem aumentando nos últimos quatro anos e promete ser ainda maior este ano, com a eleição de mais alguns “meninos queridos”.
Por: Bernardino Barros