Em entrevista a A BOLA, Diogo Dalot explica o que o levou, ainda em tenra idade, a declinar o convite para fazer testes no Benfica.
Recentemente, A BOLA publicou um trabalho realizado na escola de futebol ‘O Fintas’, onde o Diogo começou a jogar. E fê-lo à boleia da sua iniciativa de oferecer uma carrinha depois de ter recebido o primeiro salário em Manchester. O que o motivou a tal gesto?
O facto dessa escola ter sido muito importante para mim. Foi ali que comecei e cresci e como não receberam nada pela minha transferência era o mínimo que podia fazer, sabendo as dificuldades que têm e o papel relevante que desempenham na vida de muitas crianças. Mantenho contacto direto com a maior parte dos treinadores que lá tive nos três a quatro anos que lá passei. Gosto de estar e de conversar com eles sempre que posso.
Curiosamente, enquanto estava na escola ‘O Fintas’ teve oportunidade de fazer testes no Benfica e recebeu até convite para lá ficar. O que o fez optar pelo FC Porto?
O facto de ser portista. Aos oito anos, podia surgir qualquer clube a mostrar interesse em mim, mas eu só queria era jogar no FC Porto. Era a única coisa que queria e foi o que aconteceu.
O Diogo lembra-se onde estava no dia 11 de maio de 2013?
11 de maio de 2013?
Sim…
… Não me lembro.
O momento Kelvin diz-lhe alguma coisa?[Risos] Ah!, esse jogo diz-me muita coisa! É claro que me lembro, estava atrás do poste da baliza do Benfica, do lado onde a bola entrou. Era apanha-bolas e fui por certo a primeira pessoa que percebeu que a bola rematada por Kelvin ia entrar na baliza do Artur [Moraes].
Menos de cinco anos depois deu-se a sua estreia no Dragão e agora faz do Teatro dos Sonhos a sua casa. A vida tem-lhe sorrido imenso, concorda?
Não me posso queixar, não. É ainda uma curta carreira, mas que tem sido altamente gratificante.
Fonte: abola.pt