Duarte Gomes, árbitro que recentemente abandonou a carreira, não entende as questões em torno das preferências futebolísticas dos árbitros
“Os árbitros, quando tiram os seus cursos – agora aos 16, 17 anos – têm a identidade muito bem formada. Sabem a cor política, a religião e a simpatia pelo seu clube. Na verdade, com essa idade, estamos muito definidos. Esconder uma preferência clubística é ser hipócrita. Uma coisa é as pessoas não estarem preparadas para ouvir isto, outra coisa é eu ser desonesto intelectualmente. Não sou”, começou por dizer, em declarações à Rádio Renascença.
“Se as pessoas permitem que um treinador tenha clube e possa treinar uma outra equipa com todo o profissionalismo, se permitem e aceitam que um jogador faça a formação toda no clube de coração e que seja profissional de outro e ninguém ponha em causa a sua competência e a sua idoneidade, porque é que são os árbitros a ser postos em causa?” rematou.
Duarte Gomes, recorde-se, assumiu ser adepto do Benfica durante a carreira.