Em novembro do ano passado, o portal Football Leaks divulgava documentos relacionados com o FC Porto, neste caso sobre verbas alegadamente pagas pela SAD à Energy Soccer de Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente portista. De acordo com essas informações, a empresa de representação de jogadores teria recebido cerca de 430 mil euros por serviços de intermediação referentes a quatro negócios distintos. Ora, este sábado, novos detalhes são avançados pela investigação Football Leaks, a cargo do consórcio de jornalistas EIC, que o ‘Expresso’ e o ‘Der Spiegel’ divulgam, e que dão conta que não só a Energy Soccer fez negócios com o FC Porto como também terá violado a lei no que aos empresários desportivos diz respeito: em pelo menos dois negócios, a empresa terá faturado ao clube de origem e à equipa de destino.
E avançam com exemplos. Em 2013, a saída de Carlos Eduardo do Estoril para o FC Porto: a Energy Soccer recebeu 100 mil euros do FC Porto em junho pela intermediação do negócio sendo que, em outubro, embolsou 68.400 euros do Estoril como comissão dessa mesma transferência. Contornos idênticos tem o ‘negócio Rolando’: a 16 de agosto de 2013, a empresa de Alexandre Pinto da Costa fatura 60 mil ao FC Porto como comissão pelo empréstimo do central ao Inter e, no mesmo dia, emite uma fatura de 75 mil euros ao Inter.
O semanário ‘Expresso’ dá ainda conta dos valores que envolveram a transferência de Casemiro. A Energy Soccer ganhou 700 mil euros pela saída do jogador do FC Porto para o Real Madrid, jogador que era do Real, mas estava emprestado aos dragões. Em junho de 2015, os merengues ativam a cláusula do contrato que suspendia a opção de compra de compra do jogador pelo FC Porto e pagam 7,5 milhões de euros aos azuis e brancos. Os 700 mil ganhos pela empresa de Alexandre Pinto da Costa, avança o Football Leaks, não foram pagos pelo clube, mas pela Vela Management (com sede em Malta), empresa liderada por Nélio Lucas, presidente da Doyen.