Ex-presidente da FPF acusa Fernando Gomes de ceder a afetações clubísticas
“Está a ser muito mais grave do que o Apito Dourado, até pela dimensão que está a tomar”. As palavras são de Gilberto Madaíl, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que acusa ainda Fernando Gomes, atual dirigente, de não aparecer a dar a cara e de sucumbir a afetações clubísticas.
“Nem o tenho visto… eu disse que ele estava atrás do muro, mas ele nem aparece é à frente do muro. Ele deveria assumir uma posição, porque tem, neste momento, todos os poderes, mas não se determina nada, porque nós sabemos que há afetações clubísticas”, disse Madaíl, em entrevista à TSF.
Ainda sobre a comparação entre o caso dos e-mails e do Apito Dourado, Gilberto Madaíl detalhou a sua visão: “O Apito Dourado foi resolvido pela justiça desportiva, que terminou com a descida de divisão do Boavista. O meu amigo Valentim Loureiro nunca me perdoou, com o castigo ao presidente do FC Porto e com a descida de divisão do Gil Vicente. Acho que isto é uma bola de neve e se se deixar enrolar, vai transformar-se num icebergue”.
A favor da divulgação pública dos documentos
Madaíl defendeu também que os documentos comprometedores deveriam ser tornados públicos. “Essa coisa dos emails é muito estranha. Eu acho que quem tem documentos na sua posse que possam revelar situações incorretas, nem direi só entregar ao Ministério Público e à Federação, mas devia até revelá-los publicamente”.
Gilberto Madaíl foi presidente da Federação Portuguesa de Futebol entre 1996 e 2011.
Fonte: bancada.pt