Jaime Pacheco atribui o desaire do FC Porto em Munique à estratégia utilizada por Julen Lopetegui e à aposta em Diego Reyes para o lado direito da defesa em detrimento de Ricardo.
«Ele reconheceu e fez a troca, mas o FC Porto continuou desequilibrado. Quando o Ricardo entrou estava 3-0 e entraram mais três [golos]. O 4x3x3 estava muito mal colocado no campo e o FC Porto começou a fracassar por aí», analisou o antigo jogador dos azuis e brancos, em declarações à Renascença.
Para Jaime Pacheco, Lopetegui é o principal responsável pela noite negra dos dragões no Allianz Arena.
«A responsabilidade é sempre do treinador. Não se coloca a culpa no jogador que falha, mas essencialmente em quem comanda o grupo. Na semana passada todos nós elogiámos a postura da equipa e a estratégia do treinador, que foi muito inteligente na forma como preparou a equipa para ganhar ao Bayern. Desta vez foi diferente. O maior erro foi não saber ler aquilo que o adversário podia ser em casa. Não faz sentido jogar com o Bayern daquela forma, nem em casa quanto mais fora», argumentou o treinador do Al-Shabab.
«O FC Porto pagou bem caro o erro estratégico do seu treinador», resumiu Jaime Pacheco, convicto, porém, de que os azuis e brancos têm «condições para se levantar rapidamente» e dar uma resposta no clássico com o Benfica. Tem a palavra Lopetegui.
«Se o FC Porto tivesse perdido por 4-1 ficava muito mais ferido em termos emocionais para o jogo com Benfica. Assim, foi o reconhecimento muito maior da superioridade do Bayern. O FC Porto só irá ganhar ao Benfica se jogar em 4x4x2, com o 4x3x3 terá menos hipóteses de ganhar. Depende do treinador», observou.