A Fosun deverá ser a solução encontrada pelo FC Porto para patrocinar o clube nas próximas temporadas, sucedendo assim à PT, principal parceiro dos dragões nos últimos 10 anos.
Antero Henrique, CEO do grupo FC Porto, já se deslocou mais do que uma vez à China para assumir as negociações diretamente com Guo Guangchang, o responsável máximo da empresa, faltando, ao que O JOGO apurou, definir alguns pormenores para que o acordo seja formalizado.
Os valores, naturalmente, ainda não são conhecidos, mas o FC Porto espera conseguir números superiores aos 3,65 milhões anuais que recebia do antigo patrocinador. Um dos assuntos que ainda estão em discussão prende-se com a possibilidade de a Fosun passar a integrar o nome do estádio portista, à semelhança do que acontece com a BMG no museu – “Museu by BMG”.
Neste caso, poderia passar a designar-se, por exemplo, como “Estádio do Dragão by Fosun”. Certo, pelo menos, é que o clube terá de renomear duas das bancadas que atualmente estão associadas a duas empresas da PT. A saída de cena do gigante nacional de telecomunicações foi anunciada, precisamente, pelo FC Porto, em outubro de 2014. Fernando Gomes, administrador da SAD, revelou-a durante a apresentação dos resultados financeiros de 2013/14, adiantando que o clube já estava em campo à procura de novas parcerias. O mercado asiático foi sempre a prioridade e hipóteses como as do turismo do Azerbaijão, a Samsung e a Huawei foram noticiados como possibilidades para as camisolas do FC Porto.
A aposta, porém, deve mesmo recair na Fosun, que entrou em Portugal no ano passado com a compra da companhia de seguros Fidelidade à Caixa Geral de Depósitos e a Espírito Santo Saúde através de uma oferta pública de aquisição (OPA); está ainda na corrida pelo Novo Banco. Fundado em 1992, em Xangai, o grupo já investiu mais de 25 mil milhões de euros em aquisições de empresas no ramo da saúde, turismo, moda e banca, tanto nos Estados Unidos como na Europa. De acordo com a revista “Forbes” a fortuna de Guangchang, presidente do conglomerado, é a 25.ª maior da China.
Mais de 6,4 mil milhões de euros para investir
A notícia de ontem da Reuters não podia ser mais pertinente: a Fosun, cujo rosto é Guo Guangchang, pretende investir pelo menos sete mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) em novas aquisições a curto prazo. Mais de metade deste total será aplicado em Portugal caso consiga adquirir o Novo Banco. Depois da seguradora Fidelidade, comprada à Caixa Geral de Depósitos, e da Espírito Santo Saúde, da qual detém 96 por cento do capital, a Fosun espera reforçar a presença no mercado nacional e o FC Porto será o parceiro ideal para divulgar o nome da empresa.