A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) confirmou a investigação a um suspeito, no âmbito do caso dos emails do Benfica, por corrupção passiva e ativa.
Em comunicado, a PGDL dá conta da emissão de mandados de busca domiciliária e não domiciliária, no âmbito de uma investigação em curso pelos crimes de corrupção passiva e ativa, por parte da nona secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
“No inquérito investiga-se a prática, por parte de um suspeito, dos referidos crimes, relacionados com os denominados emails do Benfica. A operação encontra-se em curso, contando com a presença de quatro magistrados do Ministério Público, dois juízes de instrução e 28 elementos da PJ, incluindo inspetores e peritos financeiros e contabilísticos e informáticos”, lê-se no comunicado da PGDL.
Fonte oficial do Benfica já tinha confirmado à Lusa a presença de uma equipa de investigação da PJ no Estádio da Luz, em Lisboa, reiterando que o clube encara estas ações com naturalidade.
O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, acusou o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis encarnados, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
Entre outras situações, o responsável dos dragões revelou também a alegada partilha de mensagens de telemóvel do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, na altura em que presidiu à Liga de clubes, entre o diretor de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da Liga Carlos Deus Pereira.