Terminada a fase instrutória, com a inquirição das testemunhas arroladas pelas defesas, o Ministério Público prepara as alegações do processo E-Toupeira. Será na próxima segunda-feira que o procurador Valter Alves vai defender que a Benfica SAD deverá ir a julgamento.
A prova produzida não alterou os factos da acusação, com o Benfica apenas a demonstrar que é normal a oferta de bilhetes. Os dois administradores da SAD arrolados como testemunhas também nada revelaram.
Disseram apenas que nunca pediram a Paulo Gonçalves para conhecer processos em segredo de justiça. Ana Peres deverá decidir ainda em dezembro o que vai acontecer. Se a acusação prossegue nos exatos termos em que foi proferida – e aí não há recurso – ou se é alterada.
Se assim for, José Augusto sairá em liberdade, já que se extingue o prazo das medidas de coação. Ontem, as últimas testemunhas a serem ouvidas foram Nuno Gomes, ex-jogador do Benfica, e os presidentes do Braga e do Guimarães.
O primeiro foi explicar que é normal adeptos tirarem fotos com atletas – José Augusto tinha uma fotografia com Nuno Gomes – enquanto os outros dois foram também falar da normalidade de oferecer bilhetes e camisolas. Sobre os factos da acusação – de que Paulo Gonçalves pediu aos dois funcionários judiciais para acederem a processos em segredo de justiça – nenhuma das testemunhas tinha informação.
Nada disseram. Recorde-se, ainda, que o procurador pediu em sede de acusação que o Benfica fosse condenado numa pena acessória – que poderá levar ao afastamento das competições desportivas até três anos. O magistrado deverá manter o mesmo raciocínio jurídico em fase de julgamento, no caso de a SAD ser pronunciada.
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