A saída do FC Porto não foi um processo que tenha deixado boas recordações a Rolando, central do Marselha, que, no entanto, diz tratar-se de águas passadas.
Continua a seguir o futebol português?
-Sim, sempre que possível vejo os jogos. Não falho sobretudo os do FC Porto e do Belenenses.
Como vê o FC Porto esta época? Acredita que pode quebrar o jejum de títulos?
-Vi o clássico e penso que tivemos azar com aquele golo sofrido no final, porque o FC Porto merecia ter ganho ao Benfica. Creio que não falta ambição para dar a volta a esta situação e vencer, é uma das imagens de marca do clube. Acho que a equipa vai lutar até ao fim pelas vitórias e títulos, até ao último minuto dos descontos, como no passado, se for caso disso. Confio que o FC Porto vai dar a volta a esta situação e espero poder festejar o título no fim.
Foi colega de Nuno Espírito Santo nos dragões. Já identificava nele as características e qualidades necessárias para ser um treinador de elite?
-Tinha uma excelente relação com o Nuno, até porque ele também tem raízes africanas. Não foi para mim uma surpresa que tenha decidido ser treinador. Como jogador, era um dos líderes do balneário e mostrava essa capacidade que um técnico tem de ter, deixando antever que podia seguir a carreira de treinador. Depois, a meu ver, é também uma questão de alguma sorte. Mas ele preparou-se para isto e espero sinceramente que tenha sorte e consiga sagrar-se campeão no FC Porto.
Ainda sente amargura pela forma como deixou o FC Porto?
-É uma pequena mágoa que ainda guardo. Depois de uma época no Inter, eles queriam que eu continuasse, estava tudo acertado comigo, entre os clubes, mas depois algo mudou no FC Porto e não me deixaram sair. Foi um momento doloroso para mim, já não tinha a cabeça em Portugal, mas faz parte do passado e há que olhar em frente.
Fonte: ojogo.pt