Há portistas um pouco por toda a Europa e até na América do Sul. Foram cedidos para rodar e até há dois cujas opções são altas (dez milhões de euros) e os clubes já manifestaram vontade de as exercer
Apenas sete dos 31 jogadores que o FC Porto emprestou nesta temporada – incluindo nestas contas Kelvin, que está no São Paulo desde janeiro – já ultrapassaram a barreira dos mil minutos nos respetivos clubes: Víctor García (Nacional), Ricardo Pereira (Nice), Martins Indi (Stoke City), Rafa Soares (Rio Ave), Kelvin (São Paulo), Marega (V. Guimarães) e Aboubakar (Besiktas), conforme se pode ver na tabela que publicamos
E é precisamente deste lote que poderá sair um bom encaixe financeiro para a SAD nos próximos tempos para ajudar a atenuar as contas negativas apresentadas no último exercício. Alguns até saíram por empréstimo com opções de compra definidas e os clubes já disseram que as vão acionar, casos de Aboubakar e Indi, por exemplo.
Se assim for, renderão dez milhões cada. Marega, com mercado na China e em França, é outro dos que podem ser vendidos no verão. Ricardo Pereira é um caso diferente: altamente valorizado (Juventus de olho e Nice interessado), pode ainda vir a ter aproveitamento desportivo. Certo é que alguns destes jogadores vão sair e cobrir parte dos 100 milhões de receitas extraordinárias que o FC Porto pretende para 2016/17.
No polo oposto, há vários emprestados que não estão a ter oportunidades e, por isso, se desvalorizam. Fabiano (Fenerbahçe), Bolat (Nacional), Andrés Fernández (Villarreal), Pité (Tondela), Leandro Silva (Paços de Ferreira) e André Mesquita (Fafe) são os que menos oportunidades têm conseguido. Mas ainda há meia época para mudar o destino…
Gonçalo Paciência tramado pela lesão
Depois de uma época na Académica (30 jogos e quatro golos), Gonçalo Paciência partiu com ambição para a primeira aventura fora do país e logo no campeão grego. Porém, a adaptação não foi a melhor. A concorrência interna também não ajudou, mas o pior foi mesmo a indisposição que sentiu num treino e o obrigou a parar. Voltou ao Porto para ser reavaliado e despistar uma eventual recidiva do problema cardíaco que teve em 2013. Fez apenas um jogo na Grécia.
Quintero treina, mas só joga em janeiro
É um dos casos mais delicados entre os emprestados do FC Porto. Até porque renovou contrato há cerca de um ano. Desde 4 de fevereiro que não joga. Foi quando se “despediu” do Rennes. Depois, esteve a treinar no Dragão e ainda fez a pré-época com Nuno, mas seria dispensado. A solução encontrada, depois de o mercado europeu encerrar, levou-o de volta ao seu país, mas só em janeiro poderá jogar pelo Independiente de Medellín
Ricardo é o único guarda-redes
Além dos guarda-redes que tem nos plantéis profissionais (Casillas, Sá, João Costa, Gudiño, Diogo Costa e Mouhamed Mbaye), o FC Porto emprestou mais quatro nesta época. Só um joga com regularidade: Ricardo Nunes, no Chaves. Os outros, Fabiano (Fenerbahçe), Bolat (Nacional) e Andrés Fernández (Villarreal) praticamente só jogaram nas taças.
Kelvin cresceu ao longo do ano civil
Por ter sido emprestado a um clube brasileiro até 31 de dezembro deste ano, os números que apresentamos de Kelvin são relativos ao ano civil e não à época em curso. Por isso, é o jogador com mais partidas disputadas e mais minutos em campo. Não lidera a lista de melhores marcadores dos emprestados, mas é o que mais assistências soma. Se ficar no plantel de Nuno, rodagem não lhe falta.