O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, contestou a punição imposta pelo órgão disciplinar que lhe custou um castigo de mais de um mês e uma multa de 5.610 euros. Esta contestação tem efeito suspensivo, parando temporariamente a sanção inicialmente dada pela secção profissional desse comité.
O castigo surgiu como resultado das críticas proferidas ao árbitro principal, António Nobre, após a derrota do FC Porto contra o Estoril Praia, a 30 de março, para a 27ª jornada da I Liga.
O presidente do FC Porto indicou que o árbitro principal não tinha condições para arbitrar o jogo. Este facto provocou a abertura de processos tanto ao FC Porto, que foi multado em 15.810 euros, como ao próprio Pinto da Costa.
Na sequência do jogo, o árbitro António Nobre expulsou Diogo Costa e Francisco Conceição, ambos do FC Porto, bem como Bernardo Vital, defesa central do Estoril Praia.
Esta luta legal acontece numa altura em que Pinto da Costa conclui os seus 42 anos ao comando do clube, cedendo a posição a André Villas-Boas. Villas-Boas tornou-se o 34º presidente do FC Porto a 27 de abril, após ganhar as eleições, quebrando assim a longa vigência de Pinto da Costa.
A cerimónia de introdução dos novos órgãos sociais do clube ocorreu na terça-feira, mas a transição de poderes na SAD será oficializada a 28 de maio. Nesse mesmo mês, o FC Porto tentará vencer a Taça de Portugal pela terceira vez consecutiva, enfrentando o Sporting no Estádio Nacional, em Oeiras.
Mesmo com a sua saída, Pinto da Costa expressou o desejo de estar presente simbolicamente no banco de suplentes do FC Porto durante o jogo da final da Taça de Portugal. Caso o castigo se mantenha, Pinto da Costa poderá recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto, que se aceitar a providência cautelar, permitirá a presença de Pinto da Costa junto ao relvado do Estádio Nacional.
Durante seus 42 anos como presidente do FC Porto, Pinto da Costa viu o clube conquistar 2.591 títulos em 21 modalidades, 68 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete títulos internacionais.