A seleção portuguesa de futebol de praia sagrou-se este domingo campeã do Mundo, graças a uma vitória por 5-3 diante do Taiti. Seis jogos e cinco vitórias depois do arranque do torneio, a festa em Espinho foi portuguesa.
Arranque em cheio
Num estádio a ‘rebentar pelas costuras’, e depois do momento arrepiante do hino português entoado pelos 3,500 adeptos presentes, a equipa lusa arrancou a partida com o ‘cinco’ habitual: Andrade, Jordan, Madjer, Bruno Novo e Belchior. E bastaram três segundos para aparecer o primeiro golo. Logo na sequência do pontapé de saída, o inevitável Madjer atirou de longe e bateu o taitiano Torohia, causando a primeira explosão de alegria.
O segundo momento de levantar o estádio aconteceu pouco depois, com duas grandes defesas consecutivas do guarda-redes português Andrade. Com um grande trabalho defensivo, a equipa portuguesa foi afastando as ameaças taitianas e chegou ao segundo golo ao sétimo minuto de jogo, por Belchior. O terceiro quase saía dos pés de Jordan, que fez um grande pontapé de bicicleta desviado pelo guardião do Taiti.
Coimbra, ameaça taitiana e ‘show’ de Bruno Novo
Já depois do primeiro intervalo, Tavanae ensaiou um remate de longe que Andrade segurou bem e Alan tentou surpreender o guardião do Taiti mas falhou o alvo. O terceiro golo luso surgiria, no entanto, pouco depois: Andrade tentou um remate de longe e Coimbra apareceu a desviar de cabeça para o 3-0.
Os taitianos conseguiram reduzir contra a corrente do jogo, graças a um remate de Labaste que enganou o guarda-redes português, ganharam novo ânimo: Li Fung Kuee fez ainda o segundo golo para o Taiti com um grande remate colocado. A cerca de cinco minutos do segundo intervalo, Bruno Novo dispôs de um pontapé livre em boa posição mas atirou ao poste e pouco depois Belchior permitiu uma grande defesa de Torohia. Bennett falhou então de forma escandalosa em frente à baliza e Li Fung Kuee bateu um livre de longe que passou longe da baliza lusa.
A grande distância da baliza adversária, Bruno Novo dispôs de um livre e fez o (quase) impossível. Rematou em jeito e colocou a bola por cima do guarda-redes do Taiti para o 4-2 luso. A equipa portuguesa chegava ao segundo e último intervalo com uma vantagem de dois golos e os adeptos preparavam-se já para fazer a festa em casa.
Consagração dos heróis
O terceiro período começou mal para Portugal, devido a um desvio traiçoeiro de Li Fung Kuee, e a vantagem ficava reduzida a um golo (4-3). A poucos minutos do final, o jogo ficou ‘quentinho’ e Bruno Novo fez uma falta que valeu amarelo e um livre em boa posição para o número 7 do Taiti, mas Andrade agarrou o remate. Bé Martins fez então um remate acrobático e Belchior apareceu para desviar mas, apesar dos festejos da plateia, a bola não passou a linha de golo e o jogo prosseguiu.
O quinto golo português podia ter surgido a seis minutos e meio do final, mas Madjer falhou num livre em posição frontal. O incrível aconteceu pouco depois, quando Li Fung Kuee falhou de baliza aberta, fazendo a bola passar ao lado da baliza de Andrade.
Os taitianos não baixaram os braços e, faltando quatro minutos para o final, obrigaram a equipa lusa a maior concentração defensiva. Já dentro do último minuto de jogo, Alan fez ainda o quinto golo luso, garantindo a festa dos adeptos da casa que se confirmou pouco depois.
Pela primeira vez na história, Portugal conquistou um Campeonato do Mundo de futebol de praia reconhecido pela FIFA.