Ricardo Costa orientou a equipa de andebol do FC Porto na última época e recorda o polémico jogo com o Benfica, que retirou os dragões do primeiro lugar.
Ricardo Costa, treinador que orientou o FC Porto na passada temporada, comentou a O JOGO a notícia que faz manchete esta terça-feira do Correio da Manhã, sobre um alegado esquema de corrupção montado pelo Sporting no andebol na passada temporada.
“Tem que se investigar. Cabe à Justiça provar se é verdade, e a ser verdade, obviamente, é negro para a história do andebol. Temos de esperar que a Justiça esclareça”, afirmou o atual treinador do FC Gaia.
Título da última época foi muito contestado pelo FC Porto, que chegou a apresentar queixar após o encontro com o Benfica na ponta final do campeonato de andebol.
Ora, houve um encontro entre Benfica e FC Porto, que as águias venceram e que permitiu ao Sporting chegar ao primeiro lugar, jogo esse que foi muito contestado pelos dragões. O Conselho Técnico da Federação de Andebol indeferiu, por unanimidade, o protesto interposto pelo FC Porto, alegando erros de arbitragem. O FC Porto recorreu ao Conselho de Justiça da Federação de Andebol de Portugal (FAP) pelo indeferimento do protesto relativamente ao jogo com o Benfica, no qual perdeu a liderança, na penúltima jornada da prova.
O conselho técnico da FAP indeferiu, por unanimidade, o protesto interposto pelo FC Porto, considerando não existirem fundamentos, e confirmou a vitória do Benfica, por 28-27, na nona e penúltima jornada do campeonato, a primeira em que os dragões não estiveram no comando da competição, perdido para o Sporting.
O FC Porto contestava dois erros de arbitragem ocorridos nos derradeiros segundos do encontro da Luz, o primeiro dos quais um golo que entende mal anulado a Alexis Borges, na conclusão de uma situação de advertência de jogo passivo, que colocaria os portistas na frente por 27-28 – na resposta, o Benfica marcou e assim atingiu a vantagem final.
O outro lance decorreu após o tento encarnado e os portistas reclamam uma não desqualificação e, acima de tudo, pela não marcação de um livre de sete metros nos derradeiros segundos, após falta de Tiago Pereira sobre Rui Silva. “Por acontecer nos últimos 30 segundos do jogo, e de acordo com as regras, essa falta deveria ter sido punida com expulsão e livre de sete metros. Seria, indiscutivelmente, uma oportunidade soberana para o FC Porto restabelecer o empate de que necessitava, de forma a depender apenas de si próprio para conquistar o campeonato”, justificavam os dragões.
O Sporting venceria depois o Benfica por 25-23 e conquistou o título 16 anos depois. Conselho de Justiça negou provimento ao recurso do FC Porto.