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30 de Novembro de 2012 – O FC Porto vai jogar a Braga. Antes do jogo, um adepto bracarense é atropelado enquanto cruzava, a pé, uma via rápida da cidade. O condutor da viatura não está associado a nenhuma claque do Porto ou do Braga. A polícia confirma que se tratou de um atropelamento acidental. O Braga emite um comunicado a lamentar a morte do adepto e o director de comunicação do clube, Marco Aurélio Carvalho, exclui qualquer possibilidade de o evento trágico estar relacionado com as claques.
3 de Dezembro de 2012 – Rui Santos procura enquadrar o atropelamento numa “guerras de claques” do Braga e do FC Porto. Inventa factos a partir de fontes que não cita nem identifica, diz que a cidade de Braga estava em “estado de sítio”, nomeia os clubes, a quem pede explicações e responsabilidades, e ainda sugere uma punição ao Futebol Clube o Porto.
22 de Abril de 2017 – O Benfica vai jogar a Alvalade. Na madrugada do jogo, membros das claques do Sporting entram em confrontos com membros da claque clandestina do Benfica, os NN Boys, que, segundo afirmam comentadores do clube, estavam a defender e guardar instalações. Nesses confrontos, um grupo da claque do Benfica atropela um membro da claque do Sporting, um italiano que estavam em Portugal para assistir ao jogo.
26 de Abril de 2017 – Rui Santos diz que se trata de “uma morte no futebol”, distribui responsabilidades um pouco por todos os clubes e particularmente pelos presidentes dos três grandes. Não cita uma única vez as palavras Benfica, No Name Boys e Estádio da Luz. Todos ilibados. A culpa é difusa e atenuada.
Em resumo: Porto, Braga – todo o norte, de um modo geral – estão constantemente em “estádio de sítio.” Nem que seja por causa de um atropelamento acidental. Já o faroeste em torno do Estádio da Luz, que resulta no homicídio de um adepto, é culpa um pouco de todos e de ninguém em particular.
Já sabíamos que Rui Santos era um fanático militante anti-Porto e anti-Norte e a sua desonestidade nem é propriamente uma novidade. Mas o que fez aqui foi mais grave do que o que é habitual. Ao branquear uma morte no Estádio da Luz, ao participar ativamente no encobrimento dos responsáveis criminais e morais, Rui Santos está a comprometer-se irreversivelmente com o ocorrido. É uma mancha que nunca mais se apagará, a juntar-se às outras que carrega no seu currículo sórdido.
Nenhum portista pode aceitar sujeitar-se a esta humilhação constante.
Mudar de canal e não alimentar estas bestas é vital!
Fonte: Baluarte Dragão