Treinador do FC Porto respondeu a uma série de questões colocadas pela Federação Portuguesa de Futebol a propósito da final da Taça de Portugal, frente ao rival Sporting.
Esta final traça a linha entre uma época de sucesso ou de insucesso?
“Sem dúvida nenhuma, sem ser uma época excecional, como eu classifiquei a época anterior, em que ganhámos só o campeonato. Acho que uma equipa como o FC Porto tem de ganhar mais do que o campeonato. Este ano já ganhámos a Supertaça, não ganhámos o campeonato, e queremos muito este segundo título. As equipas grandes têm de viver de títulos. Ganhar só alguma coisa não chega”.
Os jogos anteriores com o Sporting deram informação útil para a final?
“As equipas conhecem-se bem, preparamos o jogo, preparamos aquilo que é esta final, olhando para tudo isso, mas sem pensarmos que os jogos que antecederam esta final com o Sporting possam ser decisivos por isto ou por aquilo. Aqui não há grandes segredos. O segredo tem a ver com a preparação dos tais pormenores de que estávamos a falar”.
O desgaste físico e emocional no fecho de uma temporada desgastante vai pesar?
“As próprias características do relvado, que conheço bem, serão difíceis, presumo que esteja um dia de calor. Poderá ser um obstáculo, mas é para as duas equipas. Preparamos tudo ao pormenor, preparamos todas as situações para que não possa interferir no rendimento máximo de cada jogador individualmente e da equipa”.
Na preparação de uma final é mais importante a afirmação de identidade ou os ajustes estratégicos?
“Está tudo associado, ou seja, a identidade da equipa, aquilo que são as características da equipa, aquilo que normalmente é a dinâmica. Acho que mudar numa final é muito arriscado. Conhecendo bem a nossa equipa, percebendo o que temos de fazer para eliminar alguns dos pontos fortes do rival, tem a ver com os diferentes momentos do jogo e tem a ver com essa vertente mais emocional de jogar uma final”.
A mística da final da Taça no Jamor tem significado?
“Entrar no Jamor é algo que tem um simbolismo bastante importante. Costumo dizer aos jogadores que depois do jogo do título acho que é o jogo mais bonito da época desportiva. Um dia diferente, de famílias, da verdadeira festa do futebol. Espero que assim seja. Tudo isso é importante e tem de ser vivido sempre de forma apaixonada e eu tenho a experiência, enquanto jogador, de disputar uma final. Como treinador também já disputei uma. Gosto muito da Taça de Portugal, gosto ainda mais de estar presente em finais, nomeadamente esta”.
https://youtu.be/7PzrUyRKNdw