O líder dos Super Dragões vai estar no Estádio do Dragão esta sexta-feira, uma vez que a impugnação judicial tem efeito suspensivo, revelou o advogado de Madureira.
O líder dos SuperDragões, Fernando Madureira, impugnou esta quinta-feira judicialmente a decisão do IPDJ que o proibia de frequentar recintos desportivos durante seis meses e o multava em 2600 euros, anunciou o seu advogado.
Nuno Cerejeira Namora disse à Lusa que a impugnação judicial tem efeito suspensivo e assegurou que Fernando Madureira estará na sexta-feira nas bancadas do Estádio do Dragão, onde se jogará o FC Porto-Benfica, da 13ª jornada da I Liga.
“Muito provavelmente, irá apoiar a equipa até ao final da época, porque, muito provavelmente, não haverá decisão em momento anterior, e, no final do processo, será inevitavelmente absolvido”, acrescentou.
A 8 de novembro, foi imposto o castigo supracitado a Fernando Madureira, devido a cânticos que aludiam à queda do avião da Chapecoense como forma de hostilizar o Benfica, no jogo de andebol entre os dragões e os encarnados, disputado a 12 de abril último.
Para Nuno Cerejeira Namora, o castigo aplicado a Fernando Madureira “foi um ato vil, com o único objetivo de perseguir e desestabilizar o FC Porto e os Super Dragões”.
“Instalou-se uma campanha com o desígnio claro de humilhar o Fernando Madureira e tentar passar para a opinião pública que iria ficar automática e inevitavelmente proibido de frequentar recintos desportivos. Foi condenado publicamente sem direito a defesa”, acrescentou.
A impugnação da decisão foi apresentada perante o IPDJ, que, segundo Nuno Cerejeira Namora, fica agora “com o ónus de remeter todo o processo” para o Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
“Se estiverem de boa-fé e se fizerem uma análise crítica à consciência, o IPDJ tem agora cinco dias para, nos termos do artigo 62º do Regime Geral das Contra-Ordenações, revogar a decisão de aplicação da coima e da suspensão”, referiu o advogado. Se não o fizer, o tribunal “irá ter de apreciar a legalidade e justiça” do castigo.
O advogado manifestou-se convicto da absolvição, sublinhando que “não se pode punir ninguém por um ato que não praticou”: “Fernando Madureira reafirmou que nunca entoou o cântico de que vem acusado”, frisou.
“Fernando Madureira não está acusado, nem nunca o poderia ter sido, de lá ter estado presente nem de não ter impedido que alguns elementos tenham entoado o infeliz cântico. Está acusado de ter cantado e de, por tal facto, ter incitado à violência. E sobre isso não há prova absolutamente nenhuma, pois é mentira”, disse ainda o advogado.
Fonte: ojogo.pt