A Câmara Municipal de Cascais, através do seu presidente, revelou esta segunda-feira que já começaram os trabalhos no Estádio António Coimbra da Mota, seguindo as recomendações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). No entanto, Carlos Carreiras admite que o relatório do LNEC “deixa algumas questões em aberto”, que pretende que sejam abordadas “de forma clara, direta e decisiva.”
Em concreto, “os necessários trabalhos de recuperação da laje térrea na zona das casas de banho e de monitorização do comportamento da estrutura” e ainda “as causas das movimentações de terras.”
A finalizar, a autarquia garante que “é, sempre foi e continuará a ser, seguro vir ao Estoril assistir a uma partida de futebol.”
Leia o comunicado na íntegra:
“A Câmara Municipal de Cascais informa que já começaram os trabalhos no Estádio António Coimbra da Mota, seguindo as recomendações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Depois da análise efetuada por corpo técnico competente da Câmara de Cascais ao relatório preliminar do LNEC, por nós solicitado, e tal como estipulado publicamente na passada sexta-feira, é com a satisfação de quem sempre soube tratar de forma séria assuntos desta natureza, que sublinhamos a inexistência de riscos de segurança para os adeptos que assistiram ao Estoril – FC Porto no passado dia 15 de janeiro.
O relatório do LNEC, na nossa leitura, deixa algumas questões em aberto. Questões essas que pretendemos abordar de forma clara, direta e decisiva.
A primeira questão tem a ver com os necessários trabalhos de recuperação da laje térrea na zona das casas de banho e de monitorização do comportamento da estrutura.
A Câmara de Cascais assume a sua vinculação total às recomendações constantes do ponto 7 do relatório preliminar do LNEC. A saber: (1) Levantamento da distância entre a face interior do bordo sul da laje térrea e o aterro; (2) demolição controlada da laje térrea do interior da bancada; (3) elaboração e implementação de um plano de nivelamento geométrico.
A segunda questão, e mais uma vez ressalvando-se a integridade da estrutura, tem a ver com as causas das movimentações de terras. “As causas desses movimentos podem ser diversos”, lê-se no relatório, “e só poderão ser apuradas após trabalhos de reconhecimento específicos”.
Uma vez que todo o equipamento foi edificado em terrenos de igual morfologia, iniciado no longínquo ano de 1939, entende a Câmara de Cascais que deve solicitar ao LNEC um estudo abrangente sobre todo o complexo desportivo do Estádio António Coimbra da Mota. Isto para que as matérias de segurança não voltem a terreno fértil à especulação, à demagogia e ao populismo irresponsável.
O complexo desportivo foi inaugurado em 1939 tendo o Grupo Desportivo Estoril Praia o direito de superfície sobre o “Campo de Jogos” António Coimbra da Mota por um prazo de 70 anos a contar de 1981.
Os resultados do estudo que agora encomendamos serão divulgados oportunamente.
Até lá, a garantia que a Câmara Municipal de Cascais deixa a todos os adeptos que vão ao estádio da Amoreira é uma só: com a família ou com os amigos, é, sempre foi e continuará a ser, seguro vir ao Estoril assistir a uma partida de futebol.
Carlos Carreiras
Presidente da Câmara Municipal de Cascais”