Ricardinho, jogador dos espanhóis do Inter Movistar, explicou no programa El Largero o que o levou a desistir do futebol e a focar-se no futsal
Ricardinho foi considerado em março de 2015 como o Melhor Jogador do Mundo pela segunda vez na carreira. Mas a história do jogador dos espanhóis do Inter Movistar poderia ter sido bem diferente. Como muitos miúdos de dez anos, o esquerdino só queria ser futebolista, mas viu esse sonho morrer quase à nascença.
Jogava na filial do FC Porto, levava 120 golos marcados e fui convidado para uns testes na equipa principal no ano seguinte, mas trocaram de treinador. Fui treinar, fiquei entre os últimos dez ou 11 jogadores e disseram-me que tinha qualidade. No entanto, dispensaram-me porque era baixo e tinha de crescer”, revelou, em entrevista ao programa “El Largero”, da Cadena Ser.
O período que se seguiu, garantiu Ricardinho, foi difícil e levou-o a romper com todas as ligações ao futebol. “Se não conseguia crescer na melhor equipa portuguesa a formar jogadores naquela altura, como iria fazer numa filial? Aquilo afetou-me muito. Fiquei um ano e meio sem jogar”, continuou.
A mudança para o futsal deveu-se a uma competição de futebol de sete. “Um grupo de amigos convidou-me para o ‘Torneio 25 de Abril’, fui considerado o melhor jogador e ganhei o prémio de melhor marcador. Chamaram-me para outros clubes, mas não quis ir para outro que não fosse o FC Porto, o Benfica ou o Sporting, que são as três grandes equipas em Portugal”, contou.
O próximo passo foi começar a jogar futsal, modalidade na qual faz magia com a bola e golos em catadupa. Eleger o melhor não é fácil, mas o internacional português escolhe dois. “O que marquei à Sérvia, no Mundial, foi um dos melhores que já fiz; o que fiz no Japão, de costas, também”, nomeou.
Fonte: Ojogo