Candidato fala de razões “éticas e morais” para defender que não deve haver avanços na academia da Maia
André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, esteve em Penafiel numa ação de campanha. Em declarações aos jornalistas, Villas-Boas falou sobre a necessidade de partilhar ideias pelo bem do clube.
“Acho que terá de perguntar ao próprio sobre o facto de ter dito uma coisa e acabar por fazer a outra. Eu acho que também é importante a partilha de ideias. O nosso bem comum é o bem do FC Porto e é nesta partilha de ideias que vamos demonstrando clareza no que é que é o melhor para o clube no futuro”, começou por dizer o candidato.
André Villas-Boas salientou ainda que cada candidato deve fazer o seu percurso, tentando chegar ao máximo número de sócios possíveis com as suas propostas. Não mostrou qualquer problema com a candidatura de Pinto da Costa, mas abordou a questão da academia na Maia, um projecto que é defendido pela atual administração e pela candidatura de Pinto da Costa.
“Nós, dentro dos próximos dias, por parte da minha candidatura e eu próprio, enquanto candidato a Presidente da Direção do FC Porto, iremos pedir esclarecimentos à SAD relativamente a algumas decisões que estão a ser tomadas e que são estruturantes para o futuro do clube e que, na nossa opinião, deviam ficar em stand-by e não serem tomadas rapidamente, porque têm um impacto muito grande no futuro do clube. Portanto, essa carta irá ser enviada, penso que amanhã, e iremos pedir esses esclarecimentos à SAD do FC Porto. Muito em linha com a apresentação que fizemos recentemente, com uma série de respostas que ficaram por dar”, apontou.
“Relativamente à Maia e aos contratos da Maia, a nossa intenção é respeitá-los, no entanto, compreendemos que esta pressa não é boa para o futuro do clube, porque nós temos uma opinião bem diferente relativamente à construção, no caso da Maia, da nova academia. No nosso caso, é um centro de alto rendimento para as equipas profissionais. Portanto, nós temos uma opinião bem diferente da candidatura do candidato Jorge Nuno Pinto da Costa. Achamos que, por razões éticas e morais, é um passo que devia também ficar em espera, e até à eleição, visto que falta pouco mais de um mês até ao ato eleitoral”, assinalou Villas-Boas.
“Outra questão que vale a pena lembrar, tendo em conta as declarações do Presidente hoje, é que a última academia com contratos assinados era em São Mamede de Infesta, e isto foi em 2016. Já lá vão largos anos também”, rematou.