Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, não poupou críticas ao arquivamento do caso relacionado com o suposto aliciamento de jogadores do Rio Ave, Boavista e Marítimo por César Boaventura. O diretor do Porto reagiu à notícia avançada pelo jornal Record que indicava que o empresário João Paula teria abordado Cássio na época de 2016/2017, tornando claro a sua desaprovação perante o que considera “sucessivos arquivamentos inaceitáveis”.
Marques expressou a sua opinião firmemente, acreditando que os casos de corrupção e a violação da integridade do desporto em Portugal são profundos e extensivos. Para o diretor de comunicação do FC Porto, a falta de ação contra essas irregularidades serve como um estímulo para aqueles que corrompem o desporto. Fez referência à tentativa de César Boaventura de corromper jogadores do Rio Ave e do Marítimo a favor do Benfica, bem como a ação semelhante levada a cabo por João Carlos Pinheiro Paula numa época posterior, novamente com o Rio Ave, e novamente a favor do Benfica.
Marques mencionou ainda a ocorrência de irregularidades no Desportivo das Aves e em V.Setúbal, afirmando que estes clubes foram vítimas e acabaram despromovidos como resultado (o Rio Ave já conseguiu voltar à Primeira Divisão). Em sua opinião, é inaceitável que o principal beneficiário destas irregularidades continue a evitar qualquer responsabilização.
Marques expressou a sua frustração no Twitter, chamando de “extraordinário” o facto de os responsáveis por estas ações não serem considerados agentes esportivos, lembrando as manobras que foram feitas para o considerarem agente desportivo de forma a que pudesse ser punido. Denunciou ainda o que crê ser cumplicidade daqueles que não agem perante evidências de fraude desportiva. Finalizou o seu comentário apelando a uma ação decisiva e sem medo, para combater a corrupção no desporto.