Em declaração à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD liderada por André Villas-Boas confirmou oficialmente o término do vínculo com o técnico. A rescisão, acertada nas últimas horas, não exige o pagamento de valores adicionais pelo FC Porto.
O contrato de trabalho que seria estendido por mais quatro anos, divulgado a 25 de abril, seria aplicado a partir de 1 de julho. A decisão unilateral de rescisão pelo treinador se deu ao abrigo da cláusula de rescisão presente no acordo, terminando a ligação laboral a 30 de junho, comunicou oficialmente o clube portuense.
Fontes próximas ao assunto afirmam que o entendimento foi concretizado na tarde de segunda-feira numa reunião entre os advogados da SAD do clube e do técnico, no Porto.
A saída de Sérgio Conceição ocorre depois de uma ruptura mediática com o seu adjunto de 12 anos, Vítor Bruno. Este último, de acordo com a imprensa, é apontado como o provável sucessor seleccionado pela administração liderada por André Villas-Boas.
O ex-jogador da seleção portuguesa estava sob contrato com o FC Porto até junho de 2028. A última renovação do seu contrato foi divulgada dois dias antes da surpreendente derrota do ex-presidente Pinto da Costa frente ao atual líder do clube, num dos actos eleitorais mais concorridos da história do clube.
No comando do FC Porto desde junho de 2017, Conceição teve um percurso de sucesso: três campeonatos (2017/18, 2019/20 e 2021/22), três Supertaças Cândido de Oliveira (2018, 2020 e 2022), uma Taça da Liga (2022/23) e a Taça de Portugal ganha naquele que foi o seu último jogo, batendo o Sporting por 2-1 após prolongamento. Esta foi a 20ª vez que o FC Porto conquistou a taça, e a terceira vez consecutiva sob o comando de Conceição.
O treinador deixa um legado notável no Dragão, com recordes de jogos (379), vitórias (274) e troféus (11) alcançados no comando do clube.