Treinador do FC Porto falou à revista da liga mexicana e considerou inovador o sistema que evita guerras entre rivais pelo mesmo jogador
Julen Lopetegui esteve no México, a convite da liga mexicana de futebol, para participar num seminário sobre futebol e no final falou à revista oficial da competição. Entre outras coisas, o treinador do FC Porto considerou o draft mexicano «um bom exemplo».
«Tive a oportunidade magnífica de conhecer o funcionamento do famoso draft mexicano. É um tema inovador, diferente do que existe no resto das ligas. Acho que poderia ser aplicado em outras ligas, é um bom exemplo», referiu Lopetegui.
Refira-se que o draft mexicano existe para evitar guerras de licitação entre clubes rivais pelo mesmo jogador. Cada clube tem direito a assinalar um certo número de jogadores e a partir do momento em que o faz mais nenhum clube pode contratar o jogador em causa.
As prioridades das escolhas de assinalar jogadores dependem da classificação na época anterior.
Para além disto, Lopetegui falou também do campeonato mexicano e, claro, do FC Porto.
Referiu, por exemplo, que se fosse hoje havia coisas que fazia diferente na eliminatória da Liga dos Campeões com o Bayern Munique.
«O talvez não existe para o treinador. Simplesmente encontrámos uma equipa que foi superior a nós no primeiro tempo. O Bayern teve um nível exagerado de acerto, foram muito contundentes», referiu.
«Corrigimos, mas já era tarde de mais. As decisões de um treinador são tomadas com base numa série de variáveis e se fosse agora talvez tomasse algumas decisões diferentes. Mas no final de contas foram melhor equipa do que nós a um grande nível.»
Por fim, e porque estava no México, Lopetegui falou de Diego Reyes e Hector Herrera.
«São grandes jogadores em todos os sentidos, jogadores que vivem um bom presente e que têm projeção para o futuro», referiu.
«Os jogadores mexicanos, no geral, são tecnicamente talentosos. São jogadores com caráter, a maioria deles física e mentalmente rápidos. Têm tudo para competir ao mais alto nível.»