Pela voz de Francisco J. Marques, o F. C. Porto comentou, pela primeira vez, as notícias de que todos os jogos do Benfica nos últimos cinco anos estarão a ser investigados pelo Ministério Público.
“Para estar a haver este escrutínio, é porque existem suspeitas fortes e indícios de que algo aconteceu. O Benfica exerceu uma influência irregular em vários campos, e não foram só os campos de jogo. Tem de se apurar a verdade e é exatamente sobre isso que dizemos que o melhor está para vir”, disse o diretor de comunicação portista, no programa “Universo Porto da Bancada, do Porto Canal, acrescentando, com ironia: “Posso tranquilizar o Benfica. Nos 10 jogos com o F. C. Porto, não há a suspeita de terem pago para o adversário perder, até porque isso só aconteceu uma vez”.
Sobre os recentes incidentes na Assembleia Geral da Liga, Marques criticou a presença de Paulo Gonçalves: “O Benfica quer passar a ideia de impunidade e enviou à AG a pessoa com mais problemas em todo este escândalo. Não houve troca de insultos. O representante do Sporting questionou, de forma educada, a presença de Paulo Gonçalves e este comportou-se da forma habitual nele”.
Em relação à recente megaoperação antidoping que foi feita a F. C. Porto, Benfica e Sporting, o diretor portista revelou que, no Olival, o controlo da Associação Nacional Anti-Dopagem (ADOP) durou nove horas, das 10 às 19, tendo sido feito aos 27 jogadores do plantel, incluindo os lesionados. “No Benfica e no Sporting, durou cinco horas”, afirmou Francisco J. Marques, tendo lido um email do médico do F. C. Porto, Nelson Puga, enviado ao presidente da ADOP, e a resposta deste, Rogério Jóia. “A resposta é vergonhosa. Será que Rogério Jóia pode revelar se no Benfica e no Sporting também foram controlados todos os jogadores?”