Formação dos dragões não contrata ao acaso e nos últimos anos entendeu que os pontas de lança a recrutar têm de saber jogar também fora da área, de costas para a baliza, em apoios e com amplitude.
Se encontrou semelhanças entre André Silva e Rui Pedro, provavelmente acertou. O FC Porto, pelo menos, procurou jogadores idênticos para ponta de lança quando, na formação, detetou a necessidade de reforçar a posição. No que respeita ao lugar “9”, a preferência traçada pelo departamento técnico e de scouting foi para jogadores capazes de jogar de costas, como pivôs ofensivos e de mobilidade e capacidade de envolvimento com os alas e restante mecânica coletiva. Porque nem sempre é isso que se pede a um ponta de lança noutro tipo de equipas, os dragões foram optando, ao longo dos anos, por observar também médios-ofensivos ou segundos avançados, cujo talento e características pedidas pudessem permitir a evolução para uma posição mais adiantada. Foi assim que André Silva e Rui Pedro foram descobertos e validados, após umas quantas observações do departamento de scout azul e branco.